Universidades Estaduais tem avaliação positiva na Capes 20/09/2010 - 15:36

É bastante positiva a avaliação dos programas de pós-graduação das universidades públicas do Paraná, de acordo com dados divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). A instituição divulgou, na última semana, a avaliação de 2.718 programas de pós-graduação distribuídos pelos estados da Federação. No Paraná, 144 programas de universidades públicas foram avaliados e destes, 82 são sediados em Universidades Estaduais.
A avaliação foi bastante positiva nas universidades públicas do Estado do Paraná: 25% dos programas obtiveram aumento de nota, e apenas 5,6% receberam notas menores. Estes indicadores são significativamente mais favoráveis que a média nacional, pois segundo a Capes, 19% dos programas do país obtiveram aumento de nota e 10% receberam notas menores.
Juntos, os programas de pós-graduação das universidades públicas do Paraná oferecem 163 mestrados acadêmicos, 67 doutorados e quatro mestrados profissionalizantes. Os 82 programas que são desenvolvidos pelas Universidades Estaduais colocam o Paraná em segundo lugar entre os estados da Federação em número de programas de pós-graduação sediados em universidades estaduais, superado apenas pelo estado de São Paulo.
Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, professor e advogado Nildo Lübke, essa avaliação positiva é resultado dos constantes investimentos que o governo do Estado vem aplicando nos programas de pós-graduação e nas nossas universidades estaduais. “O suporte financeiro à pesquisa científica e tecnológica no Brasil vem, basicamente, do setor público. Atualmente, o País passa por uma fase em que há maior constância de recursos financeiros para a pesquisa, havendo um número considerável de programas de apoio à comunidade de pesquisadores, nas diversas áreas do conhecimento”, afirma Lübke.

28 milhões em investimentos
As principais agências federais de apoio à pesquisa são o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que são vinculadas ao Ministério de Ciência e Tecnologia, e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada ao Ministério de Educação. Além disso, os Estados destinam verbas através das Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), que são vinculadas às Secretarias Estaduais de Ciência e Tecnologia.
No Paraná, a Fundação Araucária de Apoio Científico e Tecnológico do Paraná, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), atua fomentando o desenvolvimento científico e tecnológico no Paraná. No último triênio (2007-2009), a Fundação Araucária destinou cerca de R$ 37 milhões e, neste ano de 2010, os investimentos já chegam a R$ 28 milhões.
A Fundação Araucária trabalha em três linhas de ação: Fomento à Produção Científica e Tecnológica, Disseminação Científica e Tecnológica, e Verticalização do Ensino Superior e Formação de Pesquisadores. “É justamente esta última linha de fomento que apoia diretamente a expansão e consolidação dos programas de pós-graduação oferecidos (Mestrado e Doutorado) pelas instituições sediadas e atuantes no Estado do Paraná”, comenta a diretora Científica da Fundação Araucária, professora Maria Helena Pelegrinelli Fungaro.

Histórico da avaliação
Foi durante a década de 60 que os cursos de pós-graduação iniciaram sua trajetória nas universidades brasileiras, amparados pela lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1962. No estado do Paraná, os primeiros passos da pós-graduação foram dados, em meados desta mesma década, na Universidade Federal do Paraná, uma das primeiras universidades do país, criada em 1912. O ensino de pós-graduação nas universidades estaduais do Paraná iniciou-se na Universidade Estadual de Londrina, em 1976.
Estima-se que 80% das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento do país estão nas Universidades, e no Paraná a situação não é diferente. “Embora a produção científica não seja exclusividade do ensino de pós-graduação, a maior parcela está a ele vinculada. É decorrente disso que dois parâmetros frequentemente indicados como mensuradores de qualidade de uma Universidade são o número de cursos de pós-graduação oferecidos, bem como seus conceitos”, explica Maria Helena.
A missão de avaliar e emitir conceitos aos referidos cursos, a cada três anos, cabe à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O Sistema de Avaliação da Pós-graduação foi implantado pela Capes em 1976 e desde então vem cumprindo papel de fundamental importância para o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa científica e tecnológica no Brasil. O sistema tem servido de instrumento para a comunidade universitária na busca de um padrão de excelência acadêmica para os mestrados e doutorados nacionais. Além disso, os resultados da avaliação servem de base para a formulação de políticas para a área de pós-graduação, bem como para o dimensionamento das ações de fomento (bolsas de estudo, auxílios, apoios).