Universidades Estaduais doam 520 protetores faciais para a Defesa Civil 13/04/2020 - 18:49
O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Aldo Bona entregou, nesta segunda-feira (13), materiais de proteção produzidos pelas Universidades Estaduais à Defesa Civil do Estado do Paraná. A entrega ao Coordenador Estadual da Defesa Civil, tenente-coronel Fernando, foi acompanhada pela primeira-dama, Luciana Saito Massa, e pela Superintendente Geral de Ação Solidária, Jeslayne Valente.
Os 520 protetores faciais do modelo Face Shield, 200 litros de álcool glicerinado e 150 kg de álcool em gel doados foram produzidos pelas universidades estaduais sob a coordenação dos Núcleos de Inovação Tecnológica das Universidades Estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), Centro-Oeste (Unicentro), do Oeste do Paraná (Unioeste) e do Norte do Paraná (UENP).
As máscaras, produzidas em impressoras 3D, funcionam como uma barreira física para que os profissionais da saúde e da segurança não sejam contaminados pela fala, tosse ou espirro das pessoas que estão infectadas. As instituições contam, atualmente com cerca de 100 impressoras que possuem uma capacidade de produção de 686 máscaras por dia.
“As universidades têm produzido e distribuído as face shields em suas regiões de acordo com demandas dos hospitais públicos e privados. A entrega na Defesa Civil contribui com os esforços do Governo para atender as necessidades dos órgãos de maneira igual. As instituições mostram seu papel essencial na sociedade, suprindo as demandas que o mercado não está dando conta”, destacou o superintendente da Seti Aldo Bona. A Defesa Civil distribuirá o material nos órgãos que necessitam dos equipamentos.
“É uma honra receber uma doação dessas. A atitude de solidariedade a partir dessa parceria das universidades, com certeza, fará muita diferença na vida de toda a população paranaense”, disse Luciana Massa. “É uma luta conjunta e vamos vencê-la juntos”, afirmou.
AÇÕES PELO ESTADO - Os coordenadores do projeto “Protetor Facial” da UEPG desenvolveram um novo modelo com aproveitamento da estrutura de capacetes de segurança. A nova proposta de suporte para a viseira permitirá aumentar a produção nos próximos dias. A iniciativa, que destina protetores faciais para profissionais da saúde e atividades essenciais, faz parte da campanha “UEPG contra o Coronavírus”.
“Nós pretendemos utilizar a carneira de capacete de segurança, que possui baixo custo e é encontrada em larga escala no mercado”, explica Maurício Zadra Pacheco, professor da UEPG e um dos coordenadores do projeto. O objetivo é otimizar o projeto e garantir uma peça de qualidade, com redução do tempo de produção.
Em Guarapuava, os escudos faciais estão sendo produzidos há dez dias pelo Mutirão TEC do Bem, do qual a Unicentro faz parte. A iniciativa, segundo o diretor da Central de Relações Institucionais, Inovação, Empreendedorismo e Empregabilidade da Unicentro (Crie), Marcio Fernandes, chamou a atenção do IML (Instituto de Medicina Legal), vinculado à Polícia Científica do Paraná.
“A Polícia Científica do Paraná, ao qual o IML é vinculado, ficou sabendo desse mutirão em Guarapuava e realizou um pedido de 200 escudos faciais para que pudessem ser distribuídos para 18 unidades do IML no Estado. Nós fizemos uma consulta ao grupo que entendeu a dimensão da solicitação e realizou o atendimento”, destacou.
Os escudos faciais serão utilizados pelos profissionais do Instituto Médico Legal durante a realização dos exames de necropsia. A Unicentro e o Mutirão TEC do Bem já repassaram 100 máscaras face shields para a Polícia Científica e, nos próximos dias, um segundo lote, com a mesma quantidade de escudos faciais, será entregue.
PARCERIA – A Unioeste está utilizando as impressoras 3D construídas em parceria pelo curso de Ciência da Computação e o Parque Tecnológico de Itaipu, para a produção de equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde.
De acordo com o professor de Ciência da Computação e um dos coordenadores do projeto da impressora 3D, Claudio Roberto Marquetto Mauricio, as máscaras conhecidas como face Shields são muito importantes para evitar o contato com aerossóis de pacientes em atendimento proporcionando maior segurança para os profissionais da saúde.
“A iniciativa coletiva pretende atender a demanda de Foz do Iguaçu e região tendo cooperado com o Hospital Municipal e o Hospital Costa Cavalcanti para fornecer os equipamentos”, explicou. Em Cascavel, o NIT, que também possui uma impressora 3D, está avaliando modelos para produção das máscaras para o Hospital Universitário (HUOP).
Na UEL um grupo de residentes e professores do curso de Fisioterapia, em parceria com empresários e voluntários, se uniram para produzir os equipamentos de proteção para os profissionais do Hospital Universitário de Londrina. A cidade de Londrina também conta com uma rede com 26 impressoras capaz de produzir 150 máscaras de proteção por dia.
“Essa iniciativa surgiu de um movimento de empresas, universidades e outras instituições no Brasil que começaram a produzir face shields para contribuir com os profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus”, destacou a professora de Fisioterapia da UEL, Celita Trelha.
Na cidade de Maringá estudantes e professores da UEM se uniram em uma rede de colaboração que totalizou 29 impressoras 3D. As máquinas possuem capacidade de produzir 150 máscaras por dia, que serão distribuídas em hospitais públicos e privados da região.
A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Cornélio Procópio iniciaram em março a produção de protetores faciais, para atender demanda da 18ª e 19ª Regionais de Saúde, no Norte do Estado.
Por meio da parceria, serão produzidos cerca de 1050 protetores para profissionais da área de saúde da região para que possam atuar na triagem de pessoas com suspeita de contaminação e nos cuidados e tratamento de pacientes com o novo coronavírus.
O modelo do protetor desenvolvido pela UENP foi criado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). O pró-reitor de Planejamento e Avaliação Institucional, Bruno Galindo, explica que o modelo irá otimizar tempo de produção e material gasto. “O tempo de produção será de 45 minutos por unidade. Serão gastos cerca de 15 gramas de material para cada suporte”, comenta.