Universidades Estaduais do Paraná aparecem entre as melhores da América Latina 14/07/2021 - 17:35

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As Universidades Estaduais de Maringá (UEM), Londrina (UEL), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) estão entre as 100 melhores universidades da América Latina segundo o “Latin America University Rankings 2021” da revista inglesa Times Higher Education (THE). Os dados refletem o ano de 2019 e foram divulgados na tarde de ontem (13), em evento sediado na Universidade de São Paulo (USP) e transmitido remotamente.

A revista, fundada em 2004, é responsável por ranquear a lista das melhores universidades do mundo. O ranking avaliou 177 universidades de 13 países da América Latina. Os critérios adotados são os mesmos aplicados no ranking mundial da THE. São considerados indicadores de desempenho em cinco áreas: ensino; pesquisa; citações; perspectiva internacional; e renda da indústria.

Para o coordenador de ciência e tecnologia da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Marcos Pelegrina é possível notar uma evolução no desempenho das universidades na classificação ao longo dos anos.

“Nossas instituições de ensino conquistam a cada ano melhores posições nas avaliações internacionais. Isso é reflexo do empenho e dedicação dos professores, agentes universitários e alunos somados aos investimentos estratégicos realizados pelo Governo do Estado. A cada ano as universidades estaduais avançam rumo à excelência no ensino, pesquisa e nas atividades extensão”, afirma.

A UEM saltou 33 colocações e agora alcança a posição 48º do ranking. A universidade evoluiu nas avaliações de ensino e pesquisa, internacionalização e recursos externos.

Nos critérios de análise, a UEM apresenta melhora significativa em Ensino e em Pesquisa, além de ligeira melhora em Internacionalização e em Captação de Recursos Externos. “Ensino apresentou a melhor avaliação, a nota passou de 52,9 para 69,1. Pesquisa apresentou o maior aumento, pulou de 34,4 para 64,3”, frisa Bruno Montanari Razza, chefe da Divisão de Planos e Informações da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (PLD) da UEM. O professor explica que esse ranking “usa os mesmos dados enviados para o THE WUR, ranking mundial de universidades, mas são reanalisados e utilizada uma metodologia diferente para a classificação”.

A UEL também ganhou 3 posições e agora está entre as 47 melhores universidades da América Latina e é a 28ª  entre as universidades brasileiras. A universidade manteve o bom desempenho nos quesitos de ensino, pesquisa e renda da indústria, que avalia a transferência de conhecimento entre a iniciativa pública e privada.

De acordo com a diretora de Avaliação e Informação Institucional da Pró-reitoria de Planejamento (Proplan) da UEL, professora Elisa Emi Tanaka Carloto, o item melhor avaliado este ano foi Renda da Indústria, com nota superior a 84, segundo a professora o resultado representa o esforço da instituição no trabalho de transferência do conhecimento, desenvolvimento de novas patentes, geração de Royalties e demais aspectos ligados à cadeia produtiva nas mais diversas áreas. Neste quesito a UEL pulou de 35,3 no ano passado para 84,2 na mais recente pesquisa.

“Foi um aumento de mais de 100%, que reflete a política de inovação da UEL considerando o Ensino, a Pós-graduação e o relacionamento que mantemos com o setor produtivo, uma mudança de mentalidade que começa a aparecer e a gerar novos frutos”, avaliou a diretora.

A Unioeste também subiu colocações na classificação, comparada a classificação de 2020. A universidade foi da faixa 100-125 para a colocação 74º posição. A UEPG se manteve entre as 90 melhores, ocupando a posição 86º.