Universidade Sem Fronteiras incentiva agricultores a criar segunda opção de renda 06/07/2009 - 16:14

Os bolsistas do projeto “Gestão das Unidades Artesanais”, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel, estão descobrindo talentos anônimos na microrregião de Cantuquiriguaçu. Pequenos produtores de Ibema, Três Barras, Catanduvas, Campo Bonito, Diamante do Sul e Guaraniaçu têm a oportunidade de obter informações e conhecimentos em administração por meio do projeto, que tem como objetivo incentivar uma segunda opção de renda nas propriedades.
As irmãs Marli e Inez Dalla Vecchia são exemplos. Elas sobrevivem da agricultura familiar, mas desenvolveram uma segunda opção de renda fabricando casinhas de cachorro. “Produzimos em casa há dois anos. O curso está nos ajudando muito, principalmente com os cálculos”, observam.
Inês Aparecida de Freitas Rocha, presidente do Clube de Mães Esperança Viva, é outro exemplo. Ela também tem o seu sustento por meio da agricultura familiar, mas com a entidade filantrópica desenvolve e ensina outras opções de renda para 30 mães de Três Barras, como pinturas, bordados, pães, cucas, entre outras produções artesanais. “Para mim, os cursos estão sendo ótimos, principalmente porque estou aprendendo a calcular preços”.
A bolsista Gislaine Graziela Machineski, recém-formada em Administração, conta que um dos objetivos do projeto é evitar o êxodo rural. Ela e mais dois profissionais recém-formados, além de dois estagiários dos cursos de Economia e Administração, realizaram visitas técnicas com o objetivo de diagnosticar as necessidades dos produtores e realizar pesquisas. “Retornaremos às propriedades daqui alguns meses para saber se eles estão conseguindo colocar em prática o aprendizado”, declara.
Desde maio, 30 produtores vão quinzenalmente à Unioeste para participar de cursos como: Motivação, Relacionamento Interpessoal, Cálculo e Custo, Produção e Vendas. “Alguns produtores não têm noção alguma sobre custos. Já outros vêm com uma bagagem grande. Eles acabam trocando experiências”, exemplifica a bolsista.
O projeto faz parte do programa Universidade Sem Fronteiras, promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e tem também parceria com a Emater. “A Emater já atendia os produtores com alguns cursos, mas nos procurou para melhorar efetivamente as atividades, preocupando-se com os resultados”, conta a professora e coordenadora do projeto Loreni Brandalise.