O laboratório de transformação de bebidas alcoólicas em álcool 70% da Unicentro está passando por uma reforma. A reestruturação deve estar pronta nos próximos dias e, com isso, a capacidade de processamento do espaço ficará 80% maior. Isso sem parar a produção de álcool-gel e álcool glicerinado que, nos três primeiros meses de 2020, foi o dobro da registrada no ano passado. “A Unicentro está desde o mês de janeiro num ritmo de produção, aí, de álcool 70 em gel e, agora, de álcool glicerinado. Isso é decorrência da gravidade dessa pandemia”, afirma o professor Maico da Cunha, do Departamento de Química e responsável pela produção.

Em três meses, a Unicentro produziu 6 mil litros de álcool 70%, distribuídos nas formas gel e glicerinada à comunidade. “Nessa pandemia atual, o nosso grande foco foi os órgãos de saúde. Depois, dos órgãos de saúde foram os órgãos de administração pública. Continuamos no fornecimento para eles. As quantidades produzidas aqui são todas destinadas a doações, nesse período grave. Então, a Unicentro tem cumprido seu papel social com êxito nessa situação”, avalia Maico.

Só nas duas últimas semana, a Novatec, que é a Agência de Inovação Tecnológica da Unicentro, entregou lotes do produto para órgãos da saúde, como o Banco de Leite Humano de Guarapuava; o Hospital Santa Tereza, e o Sisgap; da administração pública municipal, a exemplo da Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos de Guarapuava, da Fundação Proteger e das prefeituras de Porto Barreiro, Pitanga e Pinhão; da administração pública estadual, como o Corpo de Bombeiros de Guarapuava; e da administração pública federal, como as delegacias da Receita de Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Outras entidades beneficiadas são a Apadevi de Guarapuava e o Lar do Idoso de Pinhão. “Essa quantidade ainda é uma quantidade pequena. Nós temos uma demanda muito maior”, conta Maico. “Nesse sentido, a gente espera continuar abastecendo a cidade, a região de Guarapuava, o entorno, algumas cidades que nós temos a atuação da Unicentro por mais alguns meses”.

Esse álcool 70% têm sido produzido a partir de matéria-prima entregue a universidade de maneira voluntária. “Temos recebido matéria-prima de órgãos da Receita, do Ministério da Agricultura, que é o Mapa, além de algumas outras doações de empresas fabricantes de bebida. Temos aí também a expectativa de estar recebendo uma carga grande de álcool anidro proveniente do governo do estado. Esse álcool anidro vai ser transformado em álcool 70 aqui nas nossas instalações”, finaliza.