UEM terá programa inédito de dupla diplomação com universidade portuguesa 01/08/2024 - 10:00

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) deve assinar um acordo de cooperação internacional com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), de Portugal, que prevê o intercâmbio de estudantes para estudo e o recebimento de diplomas das duas instituições de ensino. Os detalhes sobre a parceria, que será a primeira na modalidade de dupla diplomação da UEM com uma instituição de ensino superior internacional, foram discutidos nesta semana pela vice-reitora da UEM, Gisele Mendes, e representantes da IPB. 

Além de encaminhar o acordo entre as universidades, o diretor da Escola Superior Agrária do IPB, Pedro Bastos, e a vice-coordenadora do Centro de Investigação de Montanha do IPB, Lilian Barros, estão em Maringá para participar da XVIII Semana Acadêmica de Engenharia de Alimentos (Semanea) e do II Simpósio de Ciência e Engenharia de Alimentos (Simcea), eventos comemorativos aos 25 anos da Engenharia de Alimentos da UEM, abertos na última segunda (29) e que prosseguem até sexta-feira (2). 

Segundo o professor do Departamento de Engenharia de Alimentos (DAL) e coordenador do curso, Antonio Roberto Giriboni Monteiro, o acordo prevê que estudantes da instituição façam três anos e seis meses de graduação na UEM, seguidos por um ano em Bragança e retornando à Maringá para os últimos seis meses de estudo. Ao concluírem os cinco anos, os universitários receberão um diploma de graduação da UEM e um diploma de Mestrado do IPB, que é válido para todos os países da União Europeia (UE).

Monteiro salienta que está sendo viabilizada a implantação de outra modalidade, por meio da qual estudantes de Mestrado da Universidade Estadual de Maringá também poderão obter diplomas das duas instituições, desde que cursem um ano e seis meses no país de origem e seis meses em Portugal. “Esta é uma aliança frutífera, que traz um benefício importante para a carreira acadêmica de nossos estudantes, pois já sairão da UEM com um currículo adicional significativo, que é um diploma de mestrado internacional aceito por 27 países europeus”, comentou a vice-reitora.

De acordo com o diretor do Escritório de Cooperação Internacional (ECI) da UEM, Marcio Pascoal Cassandre, o acordo coroa os esforços contínuos para a internacionalização da universidade. “Hoje temos cerca de 90 acordos com instituições de ensino superior estrangeiras em todos os continentes e este será que permitirá a dupla diplomação. Com isso, os alunos terão a chance de se envolver em estudos lá fora, agregando o componente internacional às carreiras, enquanto a UEM poderá receber estudantes portugueses, ampliando a troca de conhecimentos”, enfatizou.

A professora Lilian Barros acrescentou que, atualmente, cerca de 40% dos alunos do Instituto Politécnico de Bragança são estrangeiros e que os estudantes brasileiros se destacam pelo alto nível de notas. Além disso, alguns acabam seguindo a carreira acadêmica com o curso de doutorado, podendo se candidatar a bolsas de estudo no valor de 1.200 euros por mês. Segundo um levantamento feito pela professora, o IPB e a UEM já possuem 37 publicações científicas produzidas em conjunto, demonstrando uma parceria de longa data.

Inicialmente, o acordo será válido para o curso de Engenharia de Alimentos, mas na sequência deve ser viabilizado para outros centros de ensino, como é o Centro de Ciências Agrárias, com os cursos de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia. Ambas as universidades avaliam áreas de interesse comum e planejam a oferta integrada de disciplinas de pós-graduação. 

Também participaram da reunião em Maringá a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UEM, Adriana Aparecida Pinto, o diretor adjunto do CCA, Carlos Alberto de Bastos Andrade, o coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências de Alimentos (PPC), Oscar Santos Júnior, e a professora do Departamento de Bioquímica, Rosane Peralta.

IPB – O Instituto Politécnico de Bragança foi criado há 41 anos, na cidade de Bragança, no Norte de Portugal. A instituição de ensino superior é constituída por cinco escolas, quatro em Bragança nas áreas de ciências agrárias, educação, saúde e tecnologia e gestão, e uma em Mirandela nos setores de comunicação, administração e turismo.

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