A metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharias, Artes e Matemática) é uma metodologia utilizada para despertar o interesse das crianças pelas áreas de ciência e tecnologia.  Ao contrário do método tradicional, o STEAM valoriza as particularidades de cada aluno e incentiva a participação no desenvolvimento de projetos, preparando os estudantes da fase inicial para vestibulares e para uma vida adulta e profissional mais consciente.

Foi para discutir esse tema, que nesta segunda-feira (14), foi realizado o workshop "STEAM na Educação Básica do Paraná: Experiências da Universidade Estadual de Maringá (UEM)”.

Durante o evento online foi apresentada a experiência do Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM, que desenvolve ações de apoio à educação básica no Paraná, desde 2005.  “A UEM conta com o maior museu de ciências do Paraná e o segundo maior museu de ciências da região Sul do Brasil. Nesses últimos anos o Mudi recebeu 62.920 pessoas, em 190 eventos, para discutir temas das áreas de Matemática, Biologia, Química, Física, Anatomia, Morfologia, Paleontologia e Educação Fiscal”, resumiu a professora Débora de Mello Sant’Ana, pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM.

Outro projeto apresentado foi o Manna Team. Por meio dele, são executados projetos makers (de mão na massa) em escolas públicas, universidades e espaços públicos. Os projetos envolvem eletrônica, microeletrônica, computação e outras subáreas do universo tecnológico.

O objetivo é formar cidadãos 5.0 –  pessoas que usam o conhecimento para causar impacto positivo em suas comunidades. “Esse grupo de dezenas de pessoas atua de forma voluntária para fazer com que crianças, jovens e adultos da periferia de dezenas de cidades do Paraná saibam que podem ter espaço no desenvolvimento de projetos na área tecnológica”, pontuou a professora do Departamento de Informática da UEM e líder do projeto, Linnyer Ruiz Aylon.

O Manna Team é, atualmente, a maior rede de ensino e pesquisa no campo de robótica, Internet das coisas (IoT) e pensamento computacional do Estado. Reúne pesquisadores de várias instituições de ensino superior do Paraná e de outros estados.

O superintendente Aldo Nelson Bona destacou a importância de ações que envolvam o ensino público nas escolas e nas universidades. “É importante dar escala a essas ações, envolvendo todas as universidades estaduais para que se possa contemplar a maior parte dos 399 municípios do Estado. O momento, agora, é viabilizar os projetos financeiramente e contar com o envolvimento de todas as universidades estaduais”, observou o superintendente da SETI.

O Workshop faz parte dos eventos realizados pela Fundação Araucária para incentivar as universidades a apresentarem projetos que possam ser contemplados com recursos de emendas, propostos por parlamentares para o fomento da ciência no Estado. Já foram destinados R$ 2.050.000 em emendas parlamentares para projetos da Fundação Araucária.

“Temos iniciativas de incentivo à Educação 5.0 de alto nível em nosso Estado e precisamos divulgá-las para conseguir ampliar o apoio nesta área. Estamos trabalhando em várias frentes para termos um Paraná Inovador e estamos no caminho certo”, disse o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.

Participaram da reunião, representantes de várias Instituições de Ensino Superior, da Fundação Araucária e da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).  

*Com informações da UEM e Fundação Araucária