UEL e Prefeitura formalizam convênio para projetos de infraestrutura e transporte 17/09/2019 - 09:36
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) vai integrar um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar o processo de concessão e garantir investimentos para obras de ampliação do Aeroporto de Londrina. O processo está sendo coordenado pela Secretaria de Aviação Civil, do Governo Federal, que deverá abrir um edital para privatização, juntamente com outros sete aeroportos da região sul, no próximo ano. A previsão é de que o aeroporto opere com o novo concessionário no primeiro trimestre de 2021. O convênio foi assinado na manhã desta segunda-feira (16), na Prefeitura de Londrina.
Uma das atribuições do grupo é fornecer dados técnicos ao Governo Federal, para que o empreendimento possa buscar de investimentos. O prefeito destacou que o projeto de concessão do Aeroporto não é uma obra de um governo, mas de toda a cidade. "As entidades, associações, segmentos políticos e empresariais se uniram para trabalhar e viabilizar este grande projeto de expansão. Nosso objetivo é mudar o patamar do nosso aeroporto, por meio da implantação de uma pista maior e aumento do sítio aeroportuário, com capacidade para transporte de cargas. Isso trará mais qualidade para as pessoas que utilizam o equipamento e vai ser um grande catalizador de desenvolvimento da cidade de Londrina", afirmou Marcelo Belinati.
O reitor destacou que o convênio possibilita maior integração da Universidade com o município, apoiando a solução de uma demanda regional, que é o aeroporto. Ele destacou também que UEL é uma estrutura pública, de propriedade do povo do Paraná e que precisa ser utilizada quando o desafio é buscar o desenvolvimento. Pelo convênio assinado hoje, estudantes e professores do Centro de Tecnologia e Tecnologia (CTU), por meio dos Departamentos de Arquitetura e Urbanismo e Construção Civil, deverão atuar na coleta de informações e na confecção de projetos.
Transporte público - Outro convênio formalizado esta manhã prevê o estudo técnico para a implantação de um sistema inovador de transporte por levitação magnética em Londrina, denominado Magleve, abrangendo também as cidades de Cambé e Ibiporã. Esse tipo de transporte utiliza levitação magnética, mais conhecida pela sigla MagLev (do inglês, Magnetic Levitation), indicado para cidades de porte médio.
De acordo com o diretor da CTU, professor Aron Petruci, os contatos com a UEL foram iniciados há cerca de um ano, por meio do professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Gilson Bergoc, atual Prefeito do Campus da UEL. Segundo Aron, trata-se de uma tecnologia de origem chinesa. Os fabricantes têm interesse em repassar a expertise, desde que exista um convênio estabelecido entre o poder executivo e uma Universidade Pública.
Na avaliação do professor do CTU, a proposta dos chineses é utilizar Londrina como uma vitrine do MaLev, abrindo possibilidades para levar a tecnologia para outros municípios. Ele adiantou que é uma alternativa de construção de custo mais baixo comparada ao metrô tradicional. "Para a UEL será uma experiência acadêmica muito interessante", definiu o diretor.