UEL atualiza profissionais da saúde no manejo da dengue 29/01/2020 - 09:18
A 17ª Regional de Saúde, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), realizou hoje de manhã no Anfiteatro Cyro Grossi, do Centro de Ciências Biológicas, um treinamento para profissionais de saúde. O objetivo é a atualização do manejo clínico para pacientes suspeitos de dengue.
"O quadro [da doença] é alarmante e assustador", define a chefe da 17ª Regional de Saúde, a enfermeira Maria Lúcia da Silva Lopes. Ela ressalta o papel dos serviços de saúde no cuidado às pessoas adoecidas. "Isso é para que elas não tenham sinais de agravamento nem venham à óbito, porque a dengue mata, mas o Aedes é previsível em sua evolução e no processo de transmissão da doença. Por isso, precisamos de união [de municípios e estado] para combater o mosquito".
Do treinamento, ministrado pelo médico Enéas Cordeiro de Souza Filho, participaram cerca de 250 profissionais entre médicos e enfermeiros da assistência, sendo de pronto atendimento, da atenção básica e da vigilância epidemiológica. A 17ª Regional de Saúde congrega 21 municípios: Alvorada do Sul, Assaí, Bela Vista do Paraíso, Cafeara, Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã, Jataizinho, Londrina, Lupionópolis, Miraselva, Pitangueiras, Porecatu, Prado Ferreira, Primeiro de Maio, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana.
Conforme Maria Lúcia da Silva Lopes, dos municípios da 17ª Regional, Florestópolis é o que apresenta maior incidência de dengue. Para tanto, é realizada uma força-tarefa entre o município e a Secretaria de Estado da Saúde para combater o Aedes Aegypti. "O estado liberou medicamentos e insumos para conter a infestação do mosquito e atender os pacientes suspeitos". Depois de Florestópolis, o município de Lupionópolis apresenta estado de alerta para a doença.
Conforme o Boletim Epidemiológico nº 21, da Secretaria de Estado da Saúde, de 21 de janeiro, a 17ª Regional de Saúde registra 6.898 casos suspeitos de dengue, tendo sido confirmados 494 casos. Um óbito foi causado pela doença em Florestópolis e duas mortes em Rolândia estão sendo investigadas por serem suspeitas de terem sido causadas pela dengue. Em 2019, foram notificados 31.252 casos no Paraná. A pior epidemia foi em 2016, com 145.757 casos notificados.
Enéas Cordeiro de Souza Filho é médico da Secretaria de Estado da Saúde e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Ele afirma que a atualização em dengue é necessária porque muitos profissionais novos são incorporados pelos serviços públicos e privados de saúde. Ele explica que os casos suspeitos precisam ser notificados e os profissionais devem seguir o protocolo que prevê regras desde diagnóstico correto até o tratamento. "A febre é um sintoma de que o organismo não vai bem. Por isso, precisa ser investigada".