Um total de 750 estudantes indígenas de diferentes etnias (Kaingang, Guarani, Xetá, Fulni-ô e Terena) participam neste domingo e segunda-feira (dias 17 e 18) do 19º Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, que será realizado em seis Universidades do estado. Em Londrina as provas serão realizadas no Colégio de Aplicação e no Campus da UEL para 266 candidatos. As provas também serão realizadas em Curitiba, na UFPR, responsável pelo processo seletivo, e nos demais polos - UEM, Unioeste, Unicentro, Unespar e UEPG. 

Em Londrina, os candidatos farão a Prova Oral, no sábado, das 9 às 18 horas, no Colégio de Aplicação (Rua Piauí, 720 - Centro). No dia 18 será realizada a prova objetiva, a partir das 13h30, no Centro de Educação Comunicação e Artes (CECA). Segundo a presidente da CUIA/UEL, professora Mônica Kaseker, as questões da prova envolvem aspectos da vida, da cultura e do território indígena. Na prova oral, explicou ela, um dos objetivos é verificar a proficiência do candidato em língua portuguesa.

Na UEL existem hoje 33 estudantes indígenas, distribuídos em 14 cursos de graduação. Cinco deles estão no chamado Ciclo de Intercultural de Iniciação Acadêmica, período de um ano, podendo ser prorrogado por mais um para o estudante conhecer as alternativas de cursos e fortalecer conteúdos de disciplinas básicas - português, ciências naturais, etc. "É um período para o estudante se preparar, uma iniciativa da UEL para reduzir a evasão e a desistência", diz a presidente.

Números - O Vestibular dos Povos Indígenas será disputado neste ano por 750 candidatos de diferentes etnias. Eles concorrerão a 52 vagas, sendo seis em cada uma das sete universidades estaduais e dez na Universidade Federal do Paraná (UFPR). O número representa um aumento de mais de 1000% na procura por cursos de graduação desde o concurso foi instituído por Lei Estadual, há 17 anos.