Seti/Fundação Araucária realiza seminário para avaliar projetos do PPSUS 03/02/2010 - 17:50

A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio de sua vinculada Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, realizou nos dias 2 e 3 de fevereiro o Seminário Estadual de Acompanhamento e Avaliação do Programa PPSUS (Programa Pesquisa para o SUS): Gestão Compartilhada em Saúde.
O objetivo do evento foi avaliar os projetos em andamento, apresentar resultados e sanar dúvidas dos coordenadores. Durante o evento, foram realizadas oficinas  preparadas antes dos editais, com a finalidade de apontar os possíveis problemas que o estado enfrenta. Por esta razão, o programa é específico para cada estado.
Foram apresentados resultados de 23  projetos, distribuídos em oito temas prioritários: Atenção Básica, Ações Estratégicas, Sistemas e Políticas de Saúde; Procedimentos de Média e Alta Complexidade; Doenças Não-Transmissíveis; Saúde, Ambiente, Trabalho e Biossegurança; Saúde Mental, Violência e Dependência Química; Saúde dos Portadores de Anomalias Congênitas e Necessidades Especiais, Saúde Bucal.
“É importante trabalhar a pesquisa, pois ela é revertida para a sociedade, principalmente para o Sistema Único de Saúde (SUS) do estado. Normalmente, nestes eventos os pesquisadores formam guias de pesquisa, tentando suprir todos os gargalos do SUS”, declarou a gerente de projetos da Fundação Araucária, Alessandra Carraro.
De acordo com a coordenadora nacional do PPSUS, Vaneide Marcon Cachoeira,  o programa iniciou em 2003, com apenas dez estados, e hoje abrange os 27 estados da federação. “Nós somos incipientes com relação à pesquisa no Brasil. Algumas pesquisas já tem gerado patente, que são produtos que podem ser comercializados. A meta é chegar à produção de vacinas, de kits e, principalmente, na questão de organização dos serviços”, afirmou.
O PPSUS é um programa bianual e está em sua terceira versão: 2004/2005, 2006/2007 e 2008/2009. A partir da primeira versão, os recursos nacionais tem duplicado a cada versão, somando um montante até o último edital, de mais de R$ 80 milhões. Estes recursos são provenientes do Ministério da Saúde, das fundações de amparo à pesquisa dos estados, e, em alguns estados, das secretarias estaduais de saúde.
A coordenadora do projeto “Clonagem em expressão de proteína recombinantes para diagnóstico da tuberculose”, Vanete Thomaz Soccol, afirmou que o investimento em pequisa é essencial para o crescimento e desenvolvimento do país. Ela explicou que o projeto que coordena surgiu com base  no fato de que no Brasil não possui kits de diagnósticos para identificar a tuberculose - os kits são importados e distribuídos pelo Ministério da Saúde. “Quando falamos em kits diagnósticos, geralmente são necessários outros equipamentos. E no caso da nossa pesquisa não são exigidos grandes equipamentos, é necessário apenas um médico ou uma enfermeira treinados na leitura de diagnósticos. Como não tínhamos isso no Brasil, nós interessamos em introduzir”, afirmou.
O Seminário foi desenvolvido em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq), o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Além de coordenadores, representantes das equipes dos projetos e representantes das instituições co-gestoras do PPSUS-Paraná, também participaram do Seminário uma comissão de especialistas, que avaliou os projetos. O evento ainda teve a participação de docentes, pesquisadores, representantes de instituições paranaenses de ensino superior e de pesquisa e representantes de entidades de classe e de organizações sociais.