O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná Aldo Bona recebeu, nesta terça-feira (24), o CEO da Simbiose Indústria e Comércio de Fertilizantes e Insumos Microbiológicos, Marcelo Godoy.

Durante a reunião, foram debatidas parcerias tecnológicas e científicas com as Universidades Estaduais do Paraná e com o Vale do Genoma, ecossistema de inovação voltado à pesquisa genética e à inteligência artificial aplicadas à saúde. A empresa é a maior produtora de insumos microbiológicos do Brasil.

“A produção científica paranaense possui potencialidades que são referências nacionais. Temos certeza que é possível estabelecer parcerias que fomentem novas pesquisas e auxiliem o setor produtivo na resolução das demandas que o mercado apresenta”, destaca o superintendente da Seti, Aldo Bona.

A Simbiose possui acordos de cooperação e pesquisa com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), além de diferentes institutos de pesquisa.

Godoy destacou que a Simbiose investe constantemente em pesquisas de diferentes áreas. “Nós possuímos parcerias com universidades e institutos que auxiliam na criação de tecnologias exclusivas com foco no desenvolvimento tecnológico sustentável”, destaca.

TECNOLOGIA INÉDITA - A Universidade Estadual de Londrina (UEL) assinou um contrato de licença, fornecimento de tecnologia e de material biológico com a Simbiose para o desenvolvimento de um novo biodefensivo agrícola à base de Bacillus velezensis.

O acordo foi aprovado pelo Conselho de Administração (CA) e finaliza um processo iniciado há cinco anos, desde as primeiras pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Biotecnologia Microbiana (LABIM) do Centro de Ciências Biológicas (CCB).

Os estudos tiveram início em 2016, quando a empresa procurou o LABIM para o desenvolvimento de estudos de uma nova bactéria para desenvolver um novo biodefensivo.

A Bacillus velezensis linhagem CMRP4489 é um produto microbiológico bastante eficiente para o controle de doenças de plantas como soja e milho. A linhagem foi isolada e desenvolvida pelo grupo de pesquisa do LABIM, coordenado pelo professor Admilton Gonçalves de Oliveira Junior, do Departamento de Microbiologia.

Os pesquisadores isolaram a bactéria e conseguiram comprovar a eficiência do material, a ponto de justificar um novo produto para o combate biológico de doenças fúngicas. Os ensaios em laboratório demonstraram que o novo produto tem grande eficiência obtendo mais de 90% de controle em doenças como o mofo branco e acima de 80% na ferrugem da soja.

“A nossa bactéria apresenta efeito de controle melhor que os produtos existentes”, destaca o pesquisador. Além da eficiência no combate a doenças, o produto apresentou resistência ao calor, por isso não precisa ser acondicionado em temperaturas controladas. Como consequência, o produto tem longa duração, podendo ser armazenado por até 24 meses.