Seti participará de discussão sobre diploma estrangeiro de medicina 23/10/2008 - 16:09

A secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, recebeu nesta quinta-feira (23), em Curitiba, a visita do deputado federal e médico Doutor Rosinha. O parlamentar solicitou à  secretária a participação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) no debate nacional sobre a regulamentação do diploma dos médicos formados em Cuba e, posteriormente, dos formados em outros países.
O assunto será tema de um seminário sobre matriz de equivalência curricular, no próximo dia 19 de novembro, em Brasília, que contará com a participação de representantes de universidades públicas e privadas. “Até agora, nenhuma instituição pública ou privada de ensino superior do Paraná confirmou participação”, afirmou o deputado, que solicitou à secretária Lygia o envio de representante da Seti e também o repasse de informações aos reitores das universidades estaduais do Paraná que têm o curso de medicina.
No final de agosto deste ano, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um projeto piloto para validação de diplomas estrangeiros de medicina, com foco específico para os brasileiros formados pela Escuela Latino Americana de Medicina (Elam), em Cuba. No projeto, 227 alunos da Elam farão uma prova, teórica e prática, preparada por universidades federais, que servirá mais tarde para a construção de um modelo de validação de diplomas de outros países, não apenas Cuba.
O piloto prevê que as universidades brasileiras façam um convênio com a Elam para construir uma matriz de avaliação. Depois disso, as instituições irão preparar uma prova escrita e um teste de "habilidades clínicas" para serem feitos pelos estudantes. A partir dessa prova realizada pelos 227 médicos formados em Cuba, o CNE irá definir a avaliação para todos os casos de formandos na área em outros países.
Até hoje, brasileiros que se formaram fora do País nunca receberam tratamento especial nem tiveram o processo de validação do diploma mudado para que fossem atendidos. O atual sistema prevê que os formados no exterior façam uma prova aplicada por universidades federais credenciadas, mas não existe uma matriz. Cada instituição faz a sua e, em muitos casos, as faculdades terminam por exigir que o candidato refaça diversas disciplinas do curso para que seu diploma seja aceito no Brasil.