Secretária Lygia se reúne com representantes do MST 13/08/2009 - 18:00

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Lygia Pupatto, reuniu-se com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nesta quarta-feira (12). O grupo apresentou  proposta de parcerias entre assentamentos e projetos do Programa Universidade Sem Fronteiras e também a participação na Feira da Agrobiodiversidade, da Escola Latino Americana de Agroecologia.
“É de fundamental importância essa parceria com os movimentos sociais, pois quanto mais pudermos disseminar o conhecimento, a ciência e a tecnologia, estaremos contribuindo cada vez mais para a construção de uma sociedade igualitária e menos injusta”, afirmou a secretária. “Essa vinculação com os movimentos sociais, em que a apresentação de projetos são extremamente importantes nas áreas da agricultura familiar, da agroecologia e do gerenciamento das pequenas propriedades faz parte do rol de atividades da secretaria, e assim estamos contribuindo para a formação da sociedade do conhecimento”, disse Lygia.
Roberto Baggio, da coordenação estadual do MST, falou sobre o interesse do movimento pelo Programa Universidade Sem Fronteiras, pois segundo ele, o desenvolvimento de projetos em assentamentos contribui para a reforma agrária. “Conversamos com a secretária Lygia sobre um conjunto de iniciativas envolvendo a Seti e os projetos da reforma agrária em andamento. Todos os projetos apresentados são estruturantes, o que ajuda o fortalecimento das comunidades rurais, camponesas, a elevar o nível cultural e educacional. Já existem alguns projetos do Universidade Sem Fronteiras sendo desenvolvidos em assentamentos e o resultado tem sido gratificante”, disse Baggio.
Na ocasião, a secretária Lygia foi convidada para participar da Feira da Agrobiodiversidade, que será realizada no dia 19 de setembro, na Escola Latino Americana de Agroecologia. No evento será discutido o papel da ciência, educação, tecnologia na emancipação das pessoas e a importância da disseminação da cultura agroecológica.
ESCOLA
O Paraná foi o primeiro estado que organizou uma escola com a visão agroecológica de sustentabilidade, disseminação da cultura orgânica e do desenvolvimento sustentável. A Escola Latino Americana de Agroecologia, localizada no Assentamento Contestado, município da Lapa, foi inaugurada em agosto de 2005 com a oferta de curso de três anos para graduação em Agroecologia, ministrado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com contribuição de uma rede de intercâmbio de conteúdo formada pelos governos do Paraná, da Venezuela, Via Campesina Internacional e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O protocolo de intenções do projeto de criação da Escola foi assinado durante o V Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005, em Porto Alegre, com a proposta “em defesa da soberania alimentar dos povos, das sementes e da criação de uma rede de intercâmbio entre os camponeses de toda América”.