Rede paranaense da pesca apresenta resultados 22/06/2007 - 18:00

Oitenta por cento dos projetos da Rede Paranaense da Pesca, criada pelo governo estadual em 2003 e atualmente composta de 13 instituições e mais de 20 pesquisadores, estão em fase adiantada de execução, segundo Luiz de Souza Viana, da Emater-Pr. No total, os recursos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/Fundo Paraná para os projetos da rede, que serão apresentados na próxima segunda, 25, em Curitiba, já beneficiam mais de 60 municípios paranaenses, somando R$ 22 milhões.
No litoral, os três principais projetos são: Desenvolvimento de Tecnologias para a Produção de Sementes de Ostras em Laboratório (que vai atender cerca de 400 famílias de pescadores e evitar a extração predatória); Desenvolvimento de Tecnologias para a Produção de Alevinos de robalo peva (Centropomus paralelus), de formas jovens de caranguejo uçá (Ucides cordatus) e de pós-larvas de camarão branco (Penaeus schmitii), para repovoamento das baías; e ainda o lançamento de armadilhas anti-arrasto e de recifes artificiais em zonas próximas à orla marítima.
Ainda no litoral, Viana destaca a execução do Censo da Pesca Artesanal, que aplicou cerca de 6.500 questionários em sete municípios da região -- Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Paranaguá, Matinhos, Guaraqueçaba e Antonina. Segundo ele, em breve esse banco será colocado à disposição da comunidade científica, de estudantes, prefeituras e representações dos pescadores. Além desses projetos já foram instalados no Mercado de Peixes de Paranaguá quatro módulos de depuração de moluscos (ostras e mexilhões) e quatro no Mercado Municipal de Guaratuba. Outras duas unidades como essas serão instaladas ainda em Guaraqueçaba, nas comunidades do Costão e Almeida.
INTERIOR
No interior do estado, conforme Viana, os projetos desenvolvidos tratam basicamente do repovoamento com espécies como a (Leporinus elongatus), pacu (Piaractus mesopotamicus), curimba (Prochilodus lineatus), surubim do Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum), jundiá (Rhamdia sp) e lambari (Astyanax sp). “O reforço do estoque dos rios e represas permitirá a subsistência das comunidades de pescadores”, afirma ainda Viana. “No Oeste e Sudoeste do Paraná os projetos mais importantes estão relacionados à certificação do sistema de produção de tilápia em viveiros escavados”.
Também estão sendo implantados um frigorífico-escola e uma fábrica de ração envolvendo mais de 180 piscicultores em nove municípios da região, em parceria com a UNIOESTE, para produção de almôndegas, quibes, macarrão, sopas, entre outros itens que vão compor a merenda escola das escolas municipais. A Rede Paranaense da Pesca ainda está construindo, reformando e ampliando quinze laboratórios de universidades e adquirindo e 14 veículos e 8 lanchas para uso no mar e em rios.