Projeto vinculado à Seti terá produto comercializado no Nordeste do país 21/10/2009 - 10:31

Charque de galinha desenvolvido em projeto do “Paraná Inovação” será comercializado na cidade de Natal (RN)
Projeto que desenvolveu no Paraná tecnologia para produzir charque de galinha poedeira terá o produto comercializado no nordeste por uma empresa paraibana. Com apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio da Fundação Araucária, o projeto “Produção comercial do charque de galinha poedeira” foi desenvolvido a partir de 2005, pelo professor Massami Shimokamaki, do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina (UEL).    
O projeto, que faz parte do programa “Paraná Inovação”, tem o objetivo de sistematizar a produção agrária de galinhas poedeiras, visando agregar valor à matéria-prima e favorecer o consumo pela população de menor poder aquisitivo que não tem acesso a grandes redes de frigoríficos. As galinhas poedeiras representam um problema para os produtores, pois poucos frigoríficos fazem o abate dessas aves e muitas vezes a carne da galinha poedeira é inutilizada.
A empresa paraibana Guarave Alimentos irá comercializar o charque de galinha na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, onde está localizada uma de suas filiais. Segundo o professor Massami o teste de mercado será feito no Nordeste pelo fato da tradição no consumo de charque. “A comercialização será feita inicialmente em Natal porque o charque de galinha é culturalmente mais aceito naquela região e surge para atender a necessidade de diversos consumidores. A iniciativa pode ser estendida para o Paraná se houver interesse por parte de algum frigorífico do sul”, afirma Shimokamaki.      
A equipe da UEL desenvolveu o charque com coloração e textura semelhantes às carnes de galinha “in-natura”, com um baixo custo de produção e com alto valor nutricional. “O charque é um produto bastante versátil e pode ser utilizado na preparação de diversos pratos, como o charque na moranga, além de ser altamente rico em proteínas. O potencial de produção do produto é enorme e possibilita a criação de empregos e riquezas”, explica o professor Massami.