Projeto “queijo social” oferece aperfeiçoamento e renda para produtores 03/06/2009 - 15:22

Produtores de queijo de laticínios do Estado estão recebendo orientação para melhorar a qualidade dos seus produtos. É o projeto “queijo social: crescimento e sustentabilidade de queijarias localizadas em municípios do Norte Pioneiro e Centro Expandido do Paraná” da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), no campus de Bandeirantes, que começa atendendo seis pequenos produtores e faz parte do programa Universidade Sem Fronteiras da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Incluído no subprograma de Extensão Tecnológica Empresarial, o “queijo social” é um dos 451 projetos que geram emprego e renda, beneficiando mais de 280 municípios do Paraná.
Aumentar e diversificar a produção estão entre os objetivos do projeto que visa melhorar tecnologicamente os processos produtivos e a qualidade do leite e derivados e oferecer condições para implantar a produção de queijos diferenciados. De acordo com o coordenador do projeto, em execução desde janeiro, o professor Jurandir Fernando Comar, os resultados virão em longo prazo, mas é possível avaliar a iniciativa pelo interesse dos produtores da região. “Fomos procurados até por quem só produzia leite e agora vai produzir queijo”, diz. O professor explica que estão definindo uma nova linha de extensão na universidade, que vai montar um laboratório de análises de queijo para atender e treinar os produtores.
O trabalho começa com a qualidade do leite, inclusive com a implantação de um Manual de Boas Práticas, até a destinação adequada de subprodutos visando não poluir o meio ambiente, com o aproveitamento da matéria-prima. Os funcionários dos laticínios estão sendo treinados e capacitados e estão sendo implantados programas de autocontrole e análise da qualidade físico-química, toxicológica e microbiológica do leite utilizado na fabricação dos queijos. O projeto beneficia a população dos municípios que sediam os laticínios e os que estão próximos, como Congonhinhas, Japira, Cornélio Procópio e Ribeirão do Pinhal. “Além de gerar mais empregos, queremos melhorar a produção atual e apresentar outros tipos de queijos aos produtores”, afirma Jurandir Comar.
A médica veterinária Francielle Abreu é uma das bolsistas do projeto. Formada há um ano, ela estava sem trabalho e viu a oportunidade como uma chance de especialização. “Nós também estamos recebendo treinamento, além disso, temos a possibilidade de ter contato direto com produtores e aprender na prática, o que não acontece na graduação”, afirma Francielle. A médica veterinária Isabella Czepak, formada há dois anos, ressalta também a orientação que recebe diretamente dos professores envolvidos no projeto. “É muito positivo”, diz. Além das duas egressas da universidade, o projeto acolhe três graduandos de biologia e professores da universidade.
O projeto estava entre as experiências bem sucedidas apoiadas pela secretaria na “Mostra de produtos dos projetos da Seti”, exibida ao público da Escola de Governo, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no último dia 26 de maio.