Projeto Covid reforça HUM com mais de 40 profissionais 28/08/2020 - 15:51
Em abril de 2020, o projeto “UEM no combate ao coronavírus” começou no Hospital Universitário de Maringá (HUM). A ação é financiada pela Fundação Araucária de Apoio ao desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA), em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), e a Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
No total, o projeto trouxe para dentro do HUM um reforço de mais de 40 profissionais e internos do último ano de Medicina e de Enfermagem. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe multidisciplinar entre nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, biomédicos, assistente social e biólogo fazem parte da equipe.
De acordo com a assessora da Qualidade e Relações Instituições do Hospital, Jocimara Mazzola, adesão ao projeto foi uma surpresa positiva para todos. “Diante do cenário da ausência de alunos, estes bolsistas chegaram e já começaram a atender e acompanhar no outro dia. Foi uma ação muito rápida. Não sentimos tanto este momento por conta do projeto. Foi tudo muito eficiente. Um ganho muito grande para o HUM”, relembra.
Jocimara ainda recorda que, mesmo a maioria dos bolsistas era profissionais recém-formados, todos chegaram muito prontos, com muita força de vontade e sem medo de enfrentar o desafio. “Eles foram perfeitos. Foi um momento de muito aprendizado para todos. E para os bolsistas, com certeza, uma experiência para a vida”.
Amor pelo HUM - A professora adjunta do Departamento de Enfermagem e uma das coordenadoras do projeto, Viviani Camboin, conta que, no início, os bolsistas chegaram atendendo em todos os setores do Hospital. Com a estruturação e abertura do setor Covid, foram todos alocados lá, depois de passar por um treinamento para a prevenção e enfrentamento da doença. “Foi uma época de muita tensão, mas gratificante, porque todos pudemos contribuir com o HUM, que é nossa casa. Foi gratificante ver os alunos com a gente, lá, na linha de frente, no combate ao coronavírus”, destaca a coordenadora.
A diretora de Enfermagem do HUM, Viviani Dourado, conta que, naquele cenário desconhecido, bolsistas do projeto ajudaram na dinâmica dos trabalhos e na composição das equipes. “Contribuíram bastante naquele momento inicial e, ainda hoje, contribuem. Os alunos tiveram um destaque, porque, apesar de estudantes, responderam muito bem às novas rotinas e às novas propostas”.
Profissionais do HUM e bolsistas do projeto, juntos, estruturaram todos os trabalhos, organizaram as alas e, com o passar dos dias, o fluxo de atendimento foi se acomodando. “Tínhamos um grupo de alunos que queria trabalhar e havia muito a ser feito. O Hospital nos acolheu de braços abertos e os funcionários ficaram felizes com o nosso retorno”, destaca o estudante.
De longe – A abertura do edital do projeto financiado pela Fundação Araucária atraiu a atenção de profissionais da saúde de todo o País. Quatro enfermeiras que se inscreveram e foram selecionadas vieram do Estado do Pará.
Kerolaine Macedo, de 23 anos, foi uma delas. Ela chegou em maio, em Maringá, passou pelo treinamento de higienização, de reanimação de pacientes com Covid e utilização de equipamentos respiratórios e de infusão. Com isso, atuou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do setor de Covid. “Como recém-formada foi um aprendizado enorme. Foi a primeira vez que trabalhei dentro de um hospital. Tudo o que eu aprendi lá dentro vou levar para o resto da minha vida”.
Ela, que voltou para casa no início de agosto, se sente ainda mais segura para seguir a pós-graduação no setor de UTI. “Coincidiu de atuar na terapia intensiva, sendo que eu já tinha iniciado a minha pós antes do projeto. Só veio reforçar que eu estou no caminho certo, porque foi uma experiência muito gratificante e enriquecedora”, finaliza a paraense.
Outra enfermeira que veio de longe foi Luana Costa Milhomem. Também do Pará, ela relembra que, com a pandemia, conseguir um estágio, nem que voluntário, ou um trabalho, se tornou impossível. O projeto chegou na hora certa e ela não teve dúvidas de aceitar. “No HUM, eles me deram todo o suporte que eu precisei, até mesmo apoio psicológico. Eu nunca tinha me deparado com um hospital tão correto e com um ambiente tão gostoso de trabalhar”, enfatiza Luana, que atendeu no Pronto-Socorro Respiratório, depois na Clínica Médica. “Eu ajudei na montagem e abertura da ala Covid, então, passei por todo o processo. Lá foi onde desempenhei com autonomia desde a parte de gerenciamento até a parte clínica”. Com marido e filhos esperando em casa, no início de agosto ela decidiu voltar para sua terra natal. “Sou muito grata aos líderes do projeto e a oportunidade que tive”.
Para a pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM, Débora de Mello Sant’ Ana, o apoio ao HUM é um exemplo prático da execução de ações de extensão universitária. “Essas ações se caracterizam pela realização de troca de conhecimentos entre as partes envolvidas. O grande projeto de enfrentamento ao coronavírus nos trouxe, e ainda traz, muitos desafios, mas, também, muita alegria por poder mostrar a força da nossa Universidade e da Extensão Universitária a todo nosso entorno”, comemorou a professora Débora.