Programa de apoio à propriedade intelectual inicia fase de mentoria de projetos 26/05/2021 - 16:54

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A transferência de pesquisas acadêmicas para o mercado produtivo é o principal objetivo do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). Idealizado pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) do Governo do Estado do Paraná, o programa iniciou a etapa de mentoria dos projetos selecionados.

Na terça-feira (25), o CEO e fundador da startup Cor.Sync, Raul de Macedo, ministrou uma aula sobre empreendedorismo e inovações tecnológicas. A empresa desenvolveu uma solução para o diagnóstico de infarto no atendimento de emergência hospitalar. O dispositivo oferece resultados de exames cardiológicos em menos de 10 minutos, utilizando inteligência artificial para auxiliar profissionais da saúde a interpretar o resultado e tomar decisões.

Ao todo, são 21 iniciativas ligadas às Universidades Estaduais, que recebem acompanhamento especializado do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR).

O Prime tem como meta contribuir com o desenvolvimento econômico e social do Estado. A expectativa da Seti é lançar outras edições envolvendo as demais instituições de ensino superior e institutos de pesquisa científica e tecnológica (ICTs). O investimento programado para a próxima edição será de R$ 400 mil.

“Temos o desafio de transformar as patentes que surgem de pesquisas em produtos do mercado. Isso envolve a preparação e capacitação de pesquisadores e alunos, fortalecendo a mentalidade empreendedora com o propósito de gerar diferentes soluções para demandas estaduais”, destaca o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Paulo Parreira.

Nas primeiras etapas do programa, os projetos passaram por fases classificatórias e workshops relacionados a modelos de negócio, seguimento de clientes, fonte de renda e estratégicas para transformar as patentes em produtos com potencial de venda.

A consultora do Sebrae/PR, Vivian Escorsin, ressaltou que o Prime auxilia os pesquisadores a estruturarem um modelo de negócios.  “Estamos trabalhando com consultorias individuais em dois pilares, empreendedorismo e transferência de tecnologia. Assim, os pesquisadores podem escolher entre lançar suas iniciativas para o mercado ou licenciar o projeto para alguma empresa, gerando royalties para as universidades”, afirma.

Na próxima semana os participantes participam de uma segunda banca de avaliação chamada de Demo Day. O evento é uma demonstração, apresentada pelas equipes, com o objetivo de convencer possíveis investidores a respeito da viabilidade do projeto.