Planta de produção de biodiesel será inaugurada em menos de 30 dias 22/05/2007 - 14:44
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) vão inaugurar, dentro de no máximo trinta dias, a planta de produção de biodiesel -- combustível produzido a partir de óleos vegetais e de gorduras de origem animal, em fase final de testes. O anúncio foi feito nesta terça (22), na Escola de Governo, pelo diretor técnico do instituto, Bill Jorge Costa.
Segundo ele, o TECPAR também vai se dedicar à implantação, principalmente nos municípios com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), de mini-usinas para atendimento aos pequenos agricultores. O objetivo é fazer com que o pequeno produtor rural produza o seu próprio biodiesel com suporte científico e tecnológico do governo estadual. “Essa é uma idéia do governador Roberto Requião sobre a qual vamos nos dedicar bastante a partir de agora”, disse ainda Bill Jorge.
RECURSOS
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destinou até agora, para O Programa Paranaense de Bioenergia, R$ 3,3 milhões. Os recursos são do Fundo Paraná. Criado em 2003, o programa tem como objetivo produzir um biocombustível adicional à matriz energética brasileira utilizada atualmente -- gasolina, álcool e diesel. Nesse programa, cabe ao TECPAR a produção de biodiesel e o estudo das diferentes matérias-primas indicadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
Inicialmente, conforme ainda Bill Jorge, a produção do biodiesel no TECPAR, que já vem sendo testado em alguns veículos em Curitiba e no interior do estado, será em escala de laboratório. “Já possuímos todos os equipamentos necessários para garantir a qualidade do biodiesel paranaense. Também já realizamos mais de 14 mil ensaios técnicos e agora estamos na fase de treinamento de recursos humanos para operação da planta”, relatou ainda o diretor técnico do instituto. No processo de obtenção do biodiesel, também será possível extrair a glicerina, empregada na fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos.
PLANTA
Com uma área total de cerca de 200m², a planta de produção de biodiesel é multiuso, isto é, pode testar qualquer tipo de óleo, mas vai começar com o de girassol. O objetivo do governo é aproveitar diversas matérias-primas regionais como a soja, o girassol e o nabo forrageiro, além de gorduras animais. Esse projeto contempla ainda atividades de treinamento e participação em eventos, compra de dois veículos a diesel para testes e de dois kits de conversão de motores.
Composta por uma unidade de pré-tratamento de óleo vegetal e equipamentos para a produção do biodiesel, incluindo reatores, tanques de lavagem, evaporadores e condensadores, além de tanques para biodiesel e glicerina, a planta tem na área externa do galpão tanques para óleo bruto, álcool, água e biodiesel, e um motor diesel/gerador de energia elétrica que fornecerá energia e calor para a usina, consumindo o próprio biodiesel produzido na unidade.
De acordo com Bill Costa, a expectativa é que a planta do instituto seja modelo para outras unidades no Estado, de pequeno ou grande porte. Ele destaca ainda que a iniciativa consolida o TECPAR como instituição de referência na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia do biodiesel. complementando sua capacitação laboratorial já instalada.
BIODIESEL NO BRASIL
O governo brasileiro tem estimulado a produção e a comercialização do biodiesel. O marco principal foi a publicação do decreto 5.488, de 20 de maio de 2005, e a lei 11.097/2005. A necessidade em utilizar o biodiesel vem do fato dos altos preços da gasolina, diesel e derivados do petróleo e também do efeito estufa, que deixa o planeta mais quente devido ao aumento de dióxido de carbono na atmosfera. Enquanto o diesel aumenta os níveis de CO2 na atmosfera, o biodiesel é constituído de carbono neutro, o que permite às plantas capturar o CO2 liberado na queima do óleo e separa-lo em carbono e oxigênio.
Estão autorizadas a funcionar no país 23 usinas, representando uma produção de 964 milhões de litros. A Petrobrás está construindo ainda três plantas de produção de biodiesel em Quixadá (CE), Candeias (BA) e Montes Claros (MG), que devem ser inauguradas no fim de ano. Os investimentos são de R$ 227 milhões e a capacidade de produção é de 57 milhões de litros cada
BOX
MINI USINAS
Além do projeto da planta de produção de biodiesel, o TECPAR apóia a primeira mini-usina de óleo vegetal do Estado, instalada no ano passado na colônia Witmarsun, em Palmeira.
A mini-usina deverá servir como modelo para outras em propriedades rurais, com o objetivo de promover e incentivar o uso de combustíveis alternativos renováveis e ecológicos e promover a geração de renda para pequenos agricultores.
Um acordo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Rede Evangélica Paranaense de Assistência Social (REPAS) viabilizou a iniciativa, que teve o aporte inicial de R$ 200 mil do Fundo Paraná.
O protótipo instalado em Witmarsum tem capacidade de processar 100 kg de grãos/hora. A extração de óleos vegetais a frio é feita por meio de prensagem mecânica. O óleo vegetal fornecido pela miniusina será utilizado pelo instituto e pela Universidade Estadual de Maringá, envolvendo testes em três tratores que consumirão óleo vegetal puro ou em misturas com diesel.
Segundo ele, o TECPAR também vai se dedicar à implantação, principalmente nos municípios com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), de mini-usinas para atendimento aos pequenos agricultores. O objetivo é fazer com que o pequeno produtor rural produza o seu próprio biodiesel com suporte científico e tecnológico do governo estadual. “Essa é uma idéia do governador Roberto Requião sobre a qual vamos nos dedicar bastante a partir de agora”, disse ainda Bill Jorge.
RECURSOS
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destinou até agora, para O Programa Paranaense de Bioenergia, R$ 3,3 milhões. Os recursos são do Fundo Paraná. Criado em 2003, o programa tem como objetivo produzir um biocombustível adicional à matriz energética brasileira utilizada atualmente -- gasolina, álcool e diesel. Nesse programa, cabe ao TECPAR a produção de biodiesel e o estudo das diferentes matérias-primas indicadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
Inicialmente, conforme ainda Bill Jorge, a produção do biodiesel no TECPAR, que já vem sendo testado em alguns veículos em Curitiba e no interior do estado, será em escala de laboratório. “Já possuímos todos os equipamentos necessários para garantir a qualidade do biodiesel paranaense. Também já realizamos mais de 14 mil ensaios técnicos e agora estamos na fase de treinamento de recursos humanos para operação da planta”, relatou ainda o diretor técnico do instituto. No processo de obtenção do biodiesel, também será possível extrair a glicerina, empregada na fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos.
PLANTA
Com uma área total de cerca de 200m², a planta de produção de biodiesel é multiuso, isto é, pode testar qualquer tipo de óleo, mas vai começar com o de girassol. O objetivo do governo é aproveitar diversas matérias-primas regionais como a soja, o girassol e o nabo forrageiro, além de gorduras animais. Esse projeto contempla ainda atividades de treinamento e participação em eventos, compra de dois veículos a diesel para testes e de dois kits de conversão de motores.
Composta por uma unidade de pré-tratamento de óleo vegetal e equipamentos para a produção do biodiesel, incluindo reatores, tanques de lavagem, evaporadores e condensadores, além de tanques para biodiesel e glicerina, a planta tem na área externa do galpão tanques para óleo bruto, álcool, água e biodiesel, e um motor diesel/gerador de energia elétrica que fornecerá energia e calor para a usina, consumindo o próprio biodiesel produzido na unidade.
De acordo com Bill Costa, a expectativa é que a planta do instituto seja modelo para outras unidades no Estado, de pequeno ou grande porte. Ele destaca ainda que a iniciativa consolida o TECPAR como instituição de referência na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia do biodiesel. complementando sua capacitação laboratorial já instalada.
BIODIESEL NO BRASIL
O governo brasileiro tem estimulado a produção e a comercialização do biodiesel. O marco principal foi a publicação do decreto 5.488, de 20 de maio de 2005, e a lei 11.097/2005. A necessidade em utilizar o biodiesel vem do fato dos altos preços da gasolina, diesel e derivados do petróleo e também do efeito estufa, que deixa o planeta mais quente devido ao aumento de dióxido de carbono na atmosfera. Enquanto o diesel aumenta os níveis de CO2 na atmosfera, o biodiesel é constituído de carbono neutro, o que permite às plantas capturar o CO2 liberado na queima do óleo e separa-lo em carbono e oxigênio.
Estão autorizadas a funcionar no país 23 usinas, representando uma produção de 964 milhões de litros. A Petrobrás está construindo ainda três plantas de produção de biodiesel em Quixadá (CE), Candeias (BA) e Montes Claros (MG), que devem ser inauguradas no fim de ano. Os investimentos são de R$ 227 milhões e a capacidade de produção é de 57 milhões de litros cada
BOX
MINI USINAS
Além do projeto da planta de produção de biodiesel, o TECPAR apóia a primeira mini-usina de óleo vegetal do Estado, instalada no ano passado na colônia Witmarsun, em Palmeira.
A mini-usina deverá servir como modelo para outras em propriedades rurais, com o objetivo de promover e incentivar o uso de combustíveis alternativos renováveis e ecológicos e promover a geração de renda para pequenos agricultores.
Um acordo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e a Rede Evangélica Paranaense de Assistência Social (REPAS) viabilizou a iniciativa, que teve o aporte inicial de R$ 200 mil do Fundo Paraná.
O protótipo instalado em Witmarsum tem capacidade de processar 100 kg de grãos/hora. A extração de óleos vegetais a frio é feita por meio de prensagem mecânica. O óleo vegetal fornecido pela miniusina será utilizado pelo instituto e pela Universidade Estadual de Maringá, envolvendo testes em três tratores que consumirão óleo vegetal puro ou em misturas com diesel.