O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), formalizou nesta sexta-feira (6) duas ações estratégicas do Estado para capacitar empreendedores que atuam com inovação e viabilizar o Programa Anel de Conectividade, que deverá interligar 490 ambientes inovadores de 65 cidades. Os documentos foram assinados durante a abertura do 6º Encontro de Parques Tecnológicos, realizado na programação do Festival Internacional da Inovação de Londrina (Fiil 2024), em Londrina, no Norte do Paraná.

Os documentos foram assinados pelos secretários Aldo Bona e Alex Canziani, respectivamente da Seti e da SEI, na presença de autoridades, especialistas, lideranças e representantes de startups, que debatem temas relacionados à tecnologia e ao desenvolvimento regional. A primeira assinatura foi do edital que formaliza a segunda turma de um curso de especialização de Gestores de Ambientes Promotores de Inovação, que busca capacitar empreendedores em atividade no Paraná. Serão 140 vagas ofertadas na modalidade de ensino a distância, pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

O segundo documento assinado oficializou o investimento de R$ 150 milhões, via Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, para o Programa Anel de Conectividade do Estado do Paraná. Segundo o secretário Aldo Bona, os recursos serão utilizados para implementar uma rede de internet de alta velocidade, que conectará todos os ativos tecnológicos públicos do estado. Aliado a essa infraestrutura, está previsto a instalação de supercomputadores por meio de parceria com o governo da Índia e um datacenter para armazenamento de todos os dados. “Essa rede será um grande ambiente de pesquisa e de prestação de serviços aos setores acadêmico e empresarial. Para que todos tenham condições de servir desta estrutura”, adiantou o secretário Aldo Bona.

Ele destacou que o Fill é importante na medida em que reúne ações, iniciativas e programas inovadores de Londrina com destaque internacional, que fazem da cidade um polo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Segundo o secretário estadual, na esteira dessa movimentação, foi realizado o 6º Encontro de Parques Tecnológicos do Paraná, aproveitando o encontro de empreendedores da área.

“Somos o estado com o maior número de promotores de inovação credenciados, apoiados por uma política de governo. São 490 ambientes em 65 cidades. O encontro discute o que é realizado e planeja o que pode ser feito para estimular. Para que o empreendedorismo inovador continue a gerar desenvolvimento econômico e social”, afirmou.

O gestor detalhou também que a iniciativa da inovação, capitaneada pelos promotores cadastrados em todo o estado, tem como origem as sete universidades estaduais, sediadas no interior e geograficamente bem distribuídas. A este sistema se juntaram mais recentemente as universidades federais. “No entorno dessas universidades é que estão se constituindo estes ambientes de inovação. Elas têm papel fundamental na geração de toda essa movimentação”, considerou.

Para o secretário Alex Canziani, os dois eventos demonstram o potencial do ecossistema de Londrina. Ele explicou que as 12 governanças realizam encontros durante o ano, sendo que o Festival representa a união de todos os participantes do ecossistema para debater inovação, criar sinergia e prospectar oportunidades.

Quanto ao Separtec, o gestor explicou que se trata de uma vitrine do trabalho desenvolvido pelo governo do Paraná para implementar ciência, tecnologia e inovação. “Não existe cidade, país no mundo que tenha se desenvolvido por outro caminho, se não pela inovação. O Paraná está demonstrando excelentes resultados pelo investimento que vem realizando, com apoio das Universidades para desenvolver empresas inovadoras com base tecnológica, criando mais oportunidades”, frisou o secretário.

A reitora da UEL, Marta Favaro, destacou o papel da universidade no processo de fortalecimento da inovação em Londrina. Segundo ela, a UEL participa de todas as governanças estabelecidas no ecossistema local. “Nossos pesquisadores são peças importantes para o processo de desenvolvimento de inovação por meio de projetos sediados nas redes de laboratórios existentes na Universidade e também pelo trabalho desempenhado pela equipe da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec)”, salientou.

Para a gestora acadêmica, é importante fazer parte dessa rede que busca novas oportunidades aproveitando conhecimento e ciência. “Isso coloca em evidência o que fazemos como princípio, que é a pesquisa. Temos profissionais qualificados. Essa ciência transformada em tecnologia é que vai impactar a vida de milhares de pessoas”, disse.

PROGRAMAÇÃO - Pesquisadores da UEL participam de várias atividades dentro da programação do FIL, abordando temas como Inteligência Artificial no Agro, impressão 3D na Saúde e outros. A Universidade também integra o Seminário das Instituições de Ensino Superior – Conexão Para a Inovação: Casos de Sucesso em P&D entre Academia e Mercado, com apresentação, do Frontier Control, um defensivo agrícola desenvolvido em parceria pela UEL e a empresa Simbiose Indústria e Comércio de Fertilizantes e Insumos Microbiológicos, por meio da Agência de Inovação Tecnológica (Aintec).

O Fiil 2024 segue até domingo (8) com uma série de atividades, incluindo palestras, workshops, painéis e exposições. As atividades buscam estimular a criatividade, promover o networking e apresentar as últimas tendências e inovações em áreas como Govtech, Cidades Inteligentes, agronegócio, indústria, entre outros. A iniciativa é da Estação 43, com apoio de diversas governanças regionais, como Agrovalley, APL de TIC, Icon, IntegraQM, Londrina Inteligente, Lavi, Inovemm, entre outras.