PDE forma segunda turma de professores e deve virar lei 10/02/2010 - 17:00

A criação de uma lei estadual que incorpore o Programa de Desenvolvimento Educacional definitivamente ao processo de formação dos professores do Paraná foi defendida na formatura da segunda turma, nesta quarta-feira (10), no Teatro Guaíra, em Curitiba. “Queremos perenizar o PDE, estabelecendo, por lei, que estrutura física seja mantida e que a cada ano pelos menos 3% dos professores estatutários participem do curso”, disse o governador Roberto Requião.
Nesta semana, será enviada à Assembleia Legislativa proposta de lei para efetivar o PDE como política de Estado. Nesta quarta-feira (10) formaram-se cerca de 1.200 professores. Os avanços na educação foram destacados pelo governador Requião. “Viabilizamos o Plano de Cargos e Salários para professores e funcionários e investimentos significativos na estrutura física das escolas”, lembrou.
Requião destacou que a qualidade de ensino precisa chegar a todas as regiões. “Para isto um grande programa está sendo desenvolvido. A construção de escolas bem equipadas nos municípios mais pobres, com alojamento para professores que participaram do PDE, dará as crianças pobres a oportunidade de avanço que só os ricos têm no Paraná”, argumentou o governador.
A contratação de mais 400 professores universitários, além dos 600 que já atuam diretamente no PDE, foi divulgada pelo governador. “Com isso, queremos assegurar a continuidade do programa”, disse.
O vice-governador Orlando Pessuti afirmou que depois de tantos avanços na educação, o Paraná não pode retroceder. “O Plano de Cargos e Salários dos professores, a qualidade na merenda, o livro público didático demonstram que temos compromisso com políticas públicas que estão transformando o Estado, com melhores condições para todos”, afirmou.
A secretária estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superio, Lygia Pupatto, ressaltou a importância de levar às universidades os desafios vividos pelos professores da rede pública em seu cotidiano. Para ela a contribuição das 13 instituições de ensino superior do Estado foram fundamentais para a concretização do programa.
Para a melhoria da educação pública no Brasil, Lygia destaca que todos os níveis da educação precisam estar integrados, em constante diálogo.“Foi um longo caminho, mas havia a vontade e o compromisso do governo para que o programa acontecesse”, enfatizou.
O reconhecimento da qualidade da formação oferecida pelo PDE do Paraná obteve reconhecimento nacional. “O programa será utilizado como modelo para o programa de formação de professores do Ministério da Educação”, informou a secretária estadual da Educação, Yvelise Arco-Verde. A estrutura de apoio a uma rede de formação de docentes será estendida também aos professores das redes municipais.
Yvelise ressaltou que a formatura consolida às ações daqueles que lutaram implantação do programa. “Hoje temos a integração da educação básica com o ensino superior, por conta de um governo que pensa a educação como um todo”.
A coordenadora do PDE Simone Bergmann destacou que esta segunda formatura consolida às ações do governo em prol da educação: “O impacto que o PDE na postura do professor é nítido. Ele tem mais motivação para novas práticas pedagógicas”. Para Simone é um orgulho ver consolidada esta proposta de formação continuada inovadora no Brasil. “O sonho do governador Roberto Requião tornou-se o sonho de todos nós. Cabe aos professores dar continuidade nesta política pública arrojada”, enfatizou.
O PDE é uma política educacional pioneira de formação continuada para os professores, com duração de dois anos. No primeiro ano do programa, os professores se dedicam exclusivamente aos trabalhos acadêmicos. No segundo ano, eles ficam afastados de 25% das suas atividades. Cada professor do PDE elabora um Plano de Trabalho, uma proposta de intervenção prática na realidade escolar.
Yvelise destacou ainda como o trabalho desenvolvido pelo professor que está se dedicando ao PDE tem uma influência imediata do cotidiano escolar. “Os formandos ajudam todos os professores da rede estadual a refletir sobre o que está sendo discutido nas universidades. Através dos grupos de trabalho em rede, eles trocam ideias e contribuem para que essa correlação ocorra em sintonia com o cotidiano da escola”, explicou.