Oficina da UEL reforça combate ao mosquito da dengue no Campus 27/02/2020 - 09:37

Apenas uma tampinha de garrafa, com o mínimo de água, pode ser o criadouro ideal para o mosquito da dengue. Este foi o alerta feito pelo professor e entomólogo, João Zequi, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), durante a oficina "Prevenção e Controle do Aedes no Campus", na última sexta-feira (21), no Auditório Cyro Grossi, do CCB.

Servidores e professores dos Centros de Estudos e unidades da Universidade participaram da oficina de combate à dengue para acompanhar as orientações e, na sequência, fizeram atividade prática para identificar possíveis criadouros no Campus Universitário, juntamente com agentes de endemia da Prefeitura de Londrina.

A ação foi organizada pelo Grupo de Trabalho de Vigilância e Controle de Aedes na UEL (GT Aedes) e pela Prefeitura do Campus Universitário (PCU), com objetivo de mobilizar a comunidade universitária para o combate efetivo ao Aedes aegypti na UEL. Zequi afirma que a atenção precisa ser redobrada nas próximas semanas com a chegada dos estudantes para o ano letivo 2020, porque são mais pessoas circulando no local.

Segundo dados da Vigilância de Saúde de Londrina, o índice de infestação de dengue no Campus é zero. No entanto, o professor João Zequi destaca que ninguém está livre o mosquito. Foram instaladas ovitrampas em 13 pontos do Campus. As armadilhas mostram que há presença das fêmeas do mosquito e que elas depositam os ovos. O que ocorre é que há a eliminação das larvas ali mesmo, na armadilha, impedimento a evolução para mosquito.

"Estamos numa situação até privilegiada pelas pesquisas realizadas aqui dentro. Há também o grupo interdisciplinar, com várias ações", afirma  o professor. Entre as pesquisas desenvolvidas está o bioinseticida, em formatos de comprimido e pó, que elimina larvas do Aedes aegypti e pode ser aplicado em reservatórios de água, por exemplo.

Também foram repassadas ao grupo orientações pelos membros do GT, o prefeito do Campus, Gilson Bergoc, a coordenadora do Programa ReciclaUEL, a chefe da Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade Universitária (DASC), Márcia Regina Pizzo de Castro, e a professora do Departamento de Design, Paula Napo. 

Checklist - Na atividade prática, uma das ferramentas utilizadas para fazer a verificação da presença de criadouros no Campus Universitário foi o checklist - 10 minutos contra o Aedes - desenvolvido pelo GT. Nele estão listados todos os possíveis locais que podem ter água parada, como calhas, ralos, entre outros.

Conforme o prefeito do Campus, Gilson Bergoc, a ação promovida nesta sexta-feira reforça o combate efetivo no Campus, além de contribuir para diminuir o problema na cidade. Como relatou o vice-reitor da UEL, Décio Sabatini, que é farmacêutico plantonista do Hospital Universitário (HU/UEL), somente na noite da última quinta-feira (20), o total de 60 pessoas com suspeita da doença estiveram no Ambulatório. Por este motivo, ele destaca que a ação contra a dengue é importante em todos os locais do município.

Outra ferramenta que ajuda neste processo é o aplicativo Combate ao Aedes, também desenvolvida pelo GT. Com o formato de checklist, o aplicativo é voltado para verificação de itens que estão dentro e fora de casa, e pode ser usado por toda a população de Londrina e região.