Melhoramento de sementes é assunto de agricultores familiares em Londrina 03/09/2009 - 15:54

A produção e conservação de sementes como caminho para o desenvolvimento da agricultura familiar foi o assunto do 2º Encontro de Agricultores Familiares na Produção, Conservação e Melhoramento de Sementes no Norte do Paraná, realizado nesta semana em Londrina e promovido pelos departamentos de Biologia Geral e Geociências da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O encontro é resultado do Programa de Melhoramento Genético Participativo de Variedades de Milho, desenvolvido na UEL com o apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). A intenção é criar novas oportunidades de trabalho, melhorar a renda e qualificação dos camponeses.
Com recursos da Seti/Fundo Paraná, o projeto integra o programa Universidade Sem Fronteiras. Desenvolve as próprias sementes de milho, adaptadas ao clima e solo de cada local, a fim de baratear o custo de produção e ter um produto de qualidade. “Os docentes, alunos e agricultores experimentam 21 variedades de milho e, posteriormente, escolhem duas variedades para semear a lavoura experimental”, afirmou Eliani Tomiasi, professora de geociências da UEL.
As variedades escolhidas são as que melhor se adaptam às condições climáticas e modo de produção dos diferentes tipos de lavoura. “O agricultor corre menos risco na colheita, pois planta uma semente específica e ganha maior produtividade a cada ano”, disse Eliani. O projeto tira o camponês da dependência das grandes empresas e oferece uma opção mais barata de compra.
“O projeto é a esperança de mudança, de crescimento”, disse Fátima Aparecida Neves, produtora rural do distrito de Paiquerê. José Maldonado, coordenador do evento, destacou a importância do projeto, no sentido de proporcionar “uma melhor qualidade de vida aos produtores”.
A gerente do Escritório Regional Norte da Seti, professora Ângela Veregue, representou a secretária Lygia Pupatto no evento. “Proporcionar a interação e levar o conhecimento da universidade para a comunidade é o conceito mais importante do projeto”, afirmou Angela.