LABRE completa 20 anos de pesquisa em restauração ecológica 17/07/2018 - 14:14
O Laboratório de Biodiversidade e Restauração de Ecossistemas (LABRE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) completa, em 2018, 20 anos de existência. O setor monitora a dinâmica de longo prazo nos fragmentos florestais, além da evolução dos reflorestamentos, integrando os resultados num conjunto único de informações sobre a paisagem regional.
O LABRE é vinculado ao Departamento de Biologia Animal e Vegetal (BAV) e ao Centro de Ciências Biológicas (CCB) e desenvolve pesquisa, extensão e capacitação para formação de recursos humanos que atuam diretamente com a restauração ecológica.
Segundo o responsável pelo LABRE, José Marcelo Domingues Torezan as áreas recuperadas por meio das práticas extensionistas, como aquelas que têm espécies nativas da Mata Atlântica, presente no Norte do Paraná, são um "laboratório de pesquisa natural". "Nossa principal atividade é monitorar as áreas de restauração e prever a trajetória de recuperação dela. Assim, integrando uma cadeia nacional de restauração coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico", acrescenta o pesquisador.
Torezan também destaca as diversas áreas de abrangência que o projeto alcançou ao longo dos anos. "Já atuamos em parceria com a FUNAI, ajudamos moradores de terras indígenas e assentamentos agrários, prestamos serviços para empresas de açúcar, álcool e hidrelétricas”.
Os estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Ciências Biológicas são os mais beneficiados pela infraestrutura do LABRE. Além de aulas, os alunos encontram no Laboratório oportunidade de atuação na iniciação científica, bem como a realização de monografias, dissertações e teses. Hoje, o setor recebe 15 alunos.
Atualmente, o maior projeto do LABRE é o Mata Atlântica do Norte do Paraná (MANP) que tem como objetivo restaurar áreas sítios degradados. Segundo a bióloga Alba Lúcia Cavalheiro, o foco do projeto é monitorar a longo prazo o comportamento de variáveis estruturais e funcionais dos ecossistemas e melhorar o conhecimento ecológico disponível sobre os padrões e processos vigentes nas paisagens atuais.