Investimentos do Governo do PR aprimoram qualidade do ensino superior 03/09/2009 - 10:27

Os investimentos do Governo do Estado no apoio à infraestrutura das Universidades e Faculdades estaduais, no valor de R$ 207 milhões nos últimos quatro anos, a qualificação do corpo docente das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) e o crescente número de cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) são as variáveis que têm influenciado no seu excelente desempenho no ranking do Índice Geral de Cursos 2008 (IGC). O índice foi divulgado na última segunda-feira (31), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação (Inep/MEC).
A carreira docente do ensino superior estadual também tem recebido atenção especial do Governo do Paraná. Os professores das Universidades e Faculdades estaduais obtiveram a reestruturação da carreira docente em 2008, com ganhos salariais expressivos, e a correção de distorções para a classe de professor titular, por meio de uma nova Lei sancionada em julho deste ano pelo governador Roberto Requião. Essa política resultou em estabilidade no conjunto do corpo docente ou seja, diminuiu a transferência de professores para outras instituições e outros estados.
O conjunto das ações decorrentes da política do Governo do Paraná para o ensino superior influencia positivamente o desempenho de alunos e docentes nas avaliações divulgadas pelo MEC.
FORMAÇÃO
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio da Fundação Araucária, executa o Programa de Verticalização do Ensino Superior e Formação de Pesquisadores. A finalidade é ampliar a qualificação de recursos humanos para atuação em ciência, tecnologia e inovação no Paraná, com ênfase na expansão e consolidação dos programas de pós-graduação acadêmicos, em nível de mestrado e/ou doutorado. Destacam-se o Programa de Apoio à Capacitação Docente das Instituições Estaduais de Ensino Superior, as bolsas para alunos de mestrado e doutorado dos programas de pós-graduação, o programa de auxílio aos cursos de pós-graduação das IES paranaenses, o programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa e o Programa de Apoio ao Pesquisador Visitante.
Atualmente, as IEES do Paraná oferecem 84 cursos de mestrado acadêmico, três cursos de mestrado profissional e 29 cursos de doutorado. Estes números colocam o Paraná em segundo lugar no país em número de programas de pós-graduação sediados em IEES, superado apenas pelo Estado de São Paulo.
Em 2007, juntas, as instituições públicas e particulares paranaenses titularam 2110 mestres e 339 doutores. A UFPR foi a instituição que mais formou mestres e doutores no Estado: 688 títulos de mestre e 193 títulos de doutor foram outorgados. As IEES foram responsáveis por 40% dos títulos: foram concedidos 941 (812 de mestre e 129 de doutor).
É notável o crescimento ocorrido nos últimos três anos, especialmente no nível de doutorado, embora o número de cursos de mestrado e doutorado nas IEES, bem como o número de titulados, demande ainda incremento. O número de cursos de doutorado manteve-se praticamente estável de 2002 a 2005, mas no período 2005-2008 o crescimento foi de 86%, valor significativamente superior ao total brasileiro. No mestrado foi observado um crescimento mais homogêneo no decorrer dos anos, de 31% de 2002 a 2005, e de 37% de 2005 a 2008. O número de doutores titulados no Estado demonstra a expressividade da  área das Ciências Agrárias: 22 cursos de mestrado e 10 de doutorado.
Um dos parâmetros frequentemente indicado como mensurador de qualidade do ensino de pós-graduação do país é o conceito atribuído pela CAPES, cuja escala vai de três a sete. No Paraná, 66% dos cursos de doutorado tem conceito quatro, 26% conceito cinco, 5% conceito seis.
O levantamento da produção científica das instituições brasileiras, feito pelo Instituto Lobo (http://www.institutolobo.org.br), identifica quatro universidades públicas paranaenses entre as que mais produziram artigos científicos no Brasil. As Universidades Estaduais de Maringá, Londrina e Ponta Grossa encontram-se entre as 10 mais produtivas do país, juntamente com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Por meio dos programas Universidade Sem Fronteiras, Iniciação Científica, Inclusão Social e Iniciação Científica Junior, a SETI preocupada com o futuro do ensino e da pesquisa no Estado, oferta mais de 5000 mil bolsas para que alunos de graduação e do ensino médio possam atuar em projetos de pesquisa e de extensão universitária preparando-os para sejam excelentes profissionais.