Hospital Regional de Ponta Grossa vai complementar ensino da UEPG 01/04/2010 - 15:00

Criar condições para a realização de residência médica, por meio da instalação de um hospital universitário, estimular a pesquisa e ampliar a oferta educacional na área da saúde. Estes são os principais benefícios que o Hospital Regional de Ponta Grossa trará para a área acadêmica, segundo membros da direção da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e da coordenação do curso de Medicina da instituição, vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O Hospital Regional de Ponta Grossa “Wallace Thadeu de Mello e Silva” está entre os maiores e mais equipados entre as 44 unidades hospitalares que foram construídas ou ampliadas pelo governo do Paraná nos últimos anos. O hospital foi entregue à população dos Campos Gerais na quarta-feira (31/03), no último ato inaugural do governador Roberto Requião antes de entregar o cargo ao então vice-governador e atual governador do Estado, Orlando Pessuti.
Para Orlando Pessuti, mais obras como essa de Ponta Grossa seriam possíveis no Paraná se o estado não herdasse do governo anterior a “dívida monstruosa” como a do Banco Itaú. O hospital recebeu investimentos de R$ 35 milhões entre obras e equipamentos – disse Pessuti – e, só com o pagamento mensal da dívida, o estado gasta R$ 70 milhões. “Daria para construir dois hospitais como esse por mês”, comparou.
Pior que isso, é constatar que a dívida, ao invés de diminuir, só aumenta, lamentou o Pessutti. Segundo ele, o governo do Estado já pagou R$ 6 bilhões e ainda deve cerca de R$ 9 bilhões. O governador Requião disse que compartilha dessa indignação de Pessutti e que esse dinheiro poderia ser destinado para causas mais nobres, como saúde e educação.
O hospital é a principal referência da saúde pública e o melhor do Estado porque está vinculado à universidade estadual (UEPG), conforme Requião. “Será um hospital-escola onde estudantes e médicos serão a alma do hospital”, destacou. Segundo ele, o hospital, público e gratuito, vai atender da mesma forma e com a mesma eficiência ricos e pobres.
A solenidade de inauguração reuniu vários secretários de Estado, entre eles o da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jairo Pacheco; da Saúde, Gilberto Martin; do Desenvolvimento Urbano, Luiz Forte Neto; de Obras Públicas, Julio César de Araújo, além do reitor da UEPG, João Carlos Gomes. Também estavam presentes o prefeito Pedro Wosgrau e o deputado estadual Jocelito Canto, que ajudaram a idealizar o projeto.
Wosgrau e Canto contaram as dificuldades de atendimento médico pela qual passava a população dos Campos Gerais, incluindo Ponta Grossa e os 28 municípios da região, e como sensibilizaram o então governador Requião e o secretário da época, Cláudio Xavier, a realizar a obra.
CAPACIDADE - O Hospital Regional de Ponta Grossa passa a atender a população da cidade e região em duas etapas. A primeira, a partir de 5 de abril, serão abertas duas alas de internamento, duas salas de cirurgia e duas salas de obstetrícia, com capacidade inicial para 60 leitos.
Quando estiver em pleno atendimento, dentro de seis meses, o hospital terá 150 leitos, 36 Unidades de Terapia Intensiva, sendo 28 UTIs para adultos e 8 UTIs neo natal. A capacidade de atendimento será em torno de 500 pacientes por dia. Construído no Campus de Uvaranas, o hospital conta com uma área de 13,5 mil metros quadrados de área construída e equipamentos de última geração.
O diretor-geral do hospital, Adroaldo Araújo, destacou que junto, com a inauguração da obra, o governo do Paraná repassou duas ambulâncias para pronto-atendimento e mais dois ônibus que farão o transporte dos usuários e pacientes.