Faculdades estaduais do Paraná terão apoio do CNPq 19/08/2009 - 14:06

As Faculdades estaduais do Paraná agora podem realizar projetos de pesquisa científica, tecnológica e/ou de inovação mediante atuação conjunta com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Um protocolo de cooperação técnica firmado entre o CNPq e as sete faculdades estaduais, representadas pela secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tornou possível essa ação. “É mais um passo para contribuir para a transferência do conhecimento, oferecendo mais condições ao desenvolvimento da pesquisa científica paranaense”, disse a secretária.
O protocolo beneficia a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (Fafipar), Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam), Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), Faculdade de Artes do Paraná (Fap), Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea), Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa), Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (Fafiuv), que hoje somam em torno de 30 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq.
“Isso estimula os pesquisadores, consolida a sua atuação na pesquisa científica das faculdades, não só para a formação de recursos humanos, mas também na inovação e transferência de tecnologias”, afirma o presidente da Associação Paranaense de Ensino Superior Público (Apiesp) e diretor da Fafipar, Antonio Alpendre da Silva.
De acordo com o censo nacional do CNPq de 2008, o Paraná está na quinta posição no ranking de distribuição dos grupos de pesquisa. O Paraná conta com 1915 grupos de pesquisa, número inferior apenas aos dos estados de São Paulo (1ª posição), Rio de Janeiro (2ª), Rio Grande do Sul (3ª) e Minas Gerais (4ª).
Além disso, o Paraná também garante o quinto lugar na distribuição dos pesquisadores por titulação máxima, segundo a unidade da federação onde o grupo se localiza. No Paraná temos 9248 pesquisadores, sendo que 5622 deles são doutores.
INICIATIVA
“As seis universidades estaduais recebem verbas do CNPq para os projetos de seus pesquisadores, mas isso não acontecia com as faculdades, que já tinham vários grupos de pesquisa cadastrados no Conselho. Faltava o fomento”, disse a diretora da FAP, Rosane Schlögel. A FAP tomou a iniciativa de buscar o fomento por meio do projeto de uma professora do departamento de Educação. “A Seti apresentou a proposta desse convênio. Abrimos esse caminho e o resultado foi muito bom para todas as faculdades estaduais”, concluiu Rosane.
“A escola primária noturna para adultos da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional: 1867-1892” é o tema do projeto da pesquisadora Celina Murasse Mizuta, pós-doutora e docente há 20 anos no ensino superior estadual. A professora foi transferida recentemente da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para a FAP, onde deu continuidade às suas pesquisas.
Essa pesquisa é um desdobramento do projeto de pós-doutorado da pesquisadora: “Trata da primeira escola primária noturna criada no Brasil, uma associação civil mencionada em um jornal e alguns relatórios da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, que deu origem à Confederação Nacional da Indústria”, explicou Celina. Segundo ela, o fomento do CNPq vai financiar equipamentos, livros, viagens para levantamento de fontes e outros recursos para o desenvolvimento do projeto. “Os recursos são muito importantes, caso contrário o pesquisador tem que tirar dinheiro do próprio bolso para financiar a pesquisa. E sem esse protocolo firmado com o CNPq os professores não poderiam se candidatar aos editais de financiamento de projetos da instituição”, afirmou.

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