Estudantes de Medicina da UEM terão experiência no Samu 22/11/2019 - 10:27
Um convênio assinado na tarde desta quinta-feira (21), na Universidade Estadual de Maringá, vai permitir que estudantes do sexto ano de Medicina da UEM possam vivenciar na prática situais reais do trabalho prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Com isso, estes estudantes poderão adquirir conhecimento técnico-profissional e a experiência prática em situações reais de aprendizagem no atendimento pré-hospitalar.
Outra vantagem do convênio é que ele promoverá a integração entre a Universidade, o público e a comunidade, de forma a gerar benefícios para todos os cidadãos.
A solenidade de assinatura do convênio ocorreu na sala dos Conselhos Superiores da UEM, bloco da Reitoria, reunindo diversas autoridades.
O reitor Julio Damasceno disse que estava muito feliz e que esta parceria é uma oportunidade para que os alunos de Medicina possam se preparar melhor antes da conclusão do curso.
Segundo Damasceno, a UEM busca cada vez mais estar em conexão com as demandas da sociedade. E isso representa desafios para todas as áreas do conhecimento, principalmente para a saúde.
O reitor se colocou à disposição da Prefeitura e da Câmara Municipal no sentido de que a Universidade se torne cada vez mais eficiente na prestação de serviços à população.
O secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, afirmou que o convênio era muito gratificante, pois ele entende a importância do Samu, hoje, segundo o secretário, uma política de saúde muito bem estabelecida no município.
Biato ressaltou o modelo de integração entre o Siate e o Samu, que fez com o Ministério da Saúde agendasse uma visita a Maringá, nas próximas semanas, visando conhecer o modelo.
Chefe do Departamento de Medicina (DMD), o professor Carlos Edmundo Fontes lembrou que a cooperação estabelecida hoje é um sonho antigo, acalentado desde quando ele se tornou docente da UEM, 24 anos atrás.
Fontes comentou, ainda, o fato de que o serviço de urgência e emergência foi criado por um médico, nos anos 70, a partir de um acidente sofrido por ele. Foi daí que o médico estabeleceu os protocolos seguidos por todas as equipes de urgência e emergência no mundo.
Conforme o chefe do DMD, a capacitação a ser oferecida aos estudantes de Medicina no Samu vai contribuir para a redução do número de mortes, no atendimento pré-hospitalar, especialmente nos casos de mortes ocorridas minutos ou horas após o trauma e também nas mortes tardias, geralmente em decorrência de complicações no quadro do paciente.
Representando a Câmara Municipal, o vereador Carlos Mariucci deu os parabéns ao reitor e à equipe administrativa pela aprovação, ontem (20), do sistemas de cotas raciais na UEM. Embora não seja tão perceptível para muitas pessoas, 51% da população brasileira é negra e 30% da população de Maringá também, conforme ele.
O prefeito Ulisses Maia realçou a parceria da Prefeitura de Maringá e o Hospital Universitário para acabar com a presença de pacientes nos corredores do Pronto Socorro do HU.
"Nossa cidade não teria o mesmo desenvolvimento sem a presença da UEM", disse Maia, enaltecendo também a criação das cotas raciais na Universidade, o que, na visão dele, promoverá justiça social e dará maior possibilidade de acesso à UEM.
O prefeito aproveitou para dizer que o Samu de Maringá é considerado o melhor do Brasil, conforme parâmetros da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde. O serviço atende a uma ocorrência na cidade em sete minutos e uma ocorrência fora da cidade em cerca de 20 minutos. Para ele, o resultado do convênio assinado hoje serão muitas vidas salvas.
Também compareceram à cerimônia, entre outras autoridades, o diretor do Samu de Maringá, Márcio Ronaldo; o coordenador do curso de Medicina da UEM, Roberto Esteves; a superintendente do HU, Elisabete Kobayashi; e o chefe de Gabinete da Reitoria, Alessandro da Rocha, além de alunos do sexto ano de Medicina da Universidade.