Encontro reúne bolsistas do Universidade Sem Fronteiras em Ponta Grossa 22/11/2010 - 20:20
A Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), realizou o Encontro de Avaliação do Universidade Sem Fronteiras, em Ponta Grossa, nesta segunda-feira (22). O evento reuniu mais de 50 bolsistas, que atuam nos projetos executados em 35 municípios da região.
Para o coordenador do programa, professor Antonio João Mânfio, o Universidade Sem Fronteiras contribui para que a Universidade se repense como instituição que trabalha o Ensino, a Pesquisa e a Extensão na dimensão atual. “As universidades brasileiras, historicamente, preocuparam-se muito em reproduzir o conhecimento já existente. Porém, além de oferecer à sociedade esses conhecimentos acumulados, é preciso produzir conhecimento da região. E os projetos do Universidade Sem Fronteiras são inseridos no contexto regional. O programa redefine a universidade frente aos desafios enfrentados no seu tempo e no seu território”, ressaltou.
O reitor da UEPG, professor João Carlos Gomes, lembrou que o Universidade Sem Fronteiras está assegurado como política de Estado. “A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o projeto de Lei que assegura a continuidade do Universidade Sem Fronteiras. A partir de 2011, será institucionalizado esse programa, que é, sem dúvida alguma, o maior programa de extensão do país”, afirmou.
Segundo a coordenadora do projeto “Utilização de Rejeitos de Vidro” e professora do curso de Química, Christiane Borges, o Universidade Sem Fronteiras proporcionou o contato com a realidade local e empresarial. “Nós, das Ciências Exatas, temos a tendência de ficar isolados nos Centros de Pesquisas. O projeto proporcionou esse contato e também a verificação da viabilidade em uma escala maior de uma pesquisa já desenvolvida no laboratório”, disse.
O projeto “Utilização de Rejeitos de Vidro” tem o objetivo de transformar rejeitos de vidros em “espuma de vidro”, que pode ser utilizada como revestimento de isolamento acústico e térmico. Para a professora, o Encontro de Avaliação do Universidade Sem Fronteiras é muito interessante na medida em que proporciona a troca de experiências entre os diversos agentes envolvidos. “Podemos avaliar os pontos positivos e negativos dos vários projetos e aprender com as experiências de cada um. Isso pode facilitar a nossa atuação”, afirmou.
Palestra
O evento ainda contou com palestra do professor da Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul, Osvaldo Della Giustina. Ele fez uma reflexão sobre a sociedade atual e as desigualdades econômicas e sociais existentes. Para ele, a universidade tem papel fundamental na superação dos paradigmas ideológicos apresentados no século XIX. “Quem tem o poder de reverter essa situação de desigualdade é a universidade. Pois é nela onde se situa, principalmente, a produção do conhecimento e da reflexão”, afirmou.
Giustina também salientou que as universidades devem estar baseadas em três pilares indissociáveis: a pesquisa, o ensino e a extensão. Além disso, não deve ser considerada mera formadora de mão-de-obra. “A Universidade deve formar um cidadão ético, com capacidades de nível superior. O estudante universitário deve ser capaz de posicionar-se diante do mundo, da comunidade, da vida e de si mesmo”, ressaltou.
O professor também parabenizou a iniciativa paranaense de estimular a extensão. Entretanto, lembrou que o Universidade Sem Fronteiras é apenas um embrião e que as ações de extensão devem expandir-se ainda mais com conscientização da autonomia universitária. “A extensão tem tanta importância quanto o ensino e a pesquisa. Ela tem o poder de transferir o conhecimento para a sociedade. Por isso, é fundamental”, disse.
Durante o Encontro, também foi realizada a primeira exibição do documentário sobre o Universidade Sem Fronteiras, produzido pela Seti em parceria com a TV Educativa do Paraná. O documentário retrata 16 projeto inseridos nos sete subprogramas existentes - Ações de Apoio à Saúde, Apoio à Agricultura Familiar e à Pecuária Leiteira, Apoio à Produção Agroecológica, Apoio às Licenciaturas, Diálogos Culturais, Extensão Tecnológica Empresarial, Incubadora dos Direitos Sociais.
O Universidade Sem Fronteiras mantém 427 projetos em 339 municípios paranaenses, envolvendo mais de 3 mil bolsistas. Depois da apresentação de alguns projetos e da realização de mesas redondas, os bolsistas produziram documento que deve nortear o programa nos próximos anos. O próximo Encontro de Avaliação do Universidade Sem Fronteiras será realizado nos dias 23 e 24, na Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Para o coordenador do programa, professor Antonio João Mânfio, o Universidade Sem Fronteiras contribui para que a Universidade se repense como instituição que trabalha o Ensino, a Pesquisa e a Extensão na dimensão atual. “As universidades brasileiras, historicamente, preocuparam-se muito em reproduzir o conhecimento já existente. Porém, além de oferecer à sociedade esses conhecimentos acumulados, é preciso produzir conhecimento da região. E os projetos do Universidade Sem Fronteiras são inseridos no contexto regional. O programa redefine a universidade frente aos desafios enfrentados no seu tempo e no seu território”, ressaltou.
O reitor da UEPG, professor João Carlos Gomes, lembrou que o Universidade Sem Fronteiras está assegurado como política de Estado. “A Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o projeto de Lei que assegura a continuidade do Universidade Sem Fronteiras. A partir de 2011, será institucionalizado esse programa, que é, sem dúvida alguma, o maior programa de extensão do país”, afirmou.
Segundo a coordenadora do projeto “Utilização de Rejeitos de Vidro” e professora do curso de Química, Christiane Borges, o Universidade Sem Fronteiras proporcionou o contato com a realidade local e empresarial. “Nós, das Ciências Exatas, temos a tendência de ficar isolados nos Centros de Pesquisas. O projeto proporcionou esse contato e também a verificação da viabilidade em uma escala maior de uma pesquisa já desenvolvida no laboratório”, disse.
O projeto “Utilização de Rejeitos de Vidro” tem o objetivo de transformar rejeitos de vidros em “espuma de vidro”, que pode ser utilizada como revestimento de isolamento acústico e térmico. Para a professora, o Encontro de Avaliação do Universidade Sem Fronteiras é muito interessante na medida em que proporciona a troca de experiências entre os diversos agentes envolvidos. “Podemos avaliar os pontos positivos e negativos dos vários projetos e aprender com as experiências de cada um. Isso pode facilitar a nossa atuação”, afirmou.
Palestra
O evento ainda contou com palestra do professor da Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul, Osvaldo Della Giustina. Ele fez uma reflexão sobre a sociedade atual e as desigualdades econômicas e sociais existentes. Para ele, a universidade tem papel fundamental na superação dos paradigmas ideológicos apresentados no século XIX. “Quem tem o poder de reverter essa situação de desigualdade é a universidade. Pois é nela onde se situa, principalmente, a produção do conhecimento e da reflexão”, afirmou.
Giustina também salientou que as universidades devem estar baseadas em três pilares indissociáveis: a pesquisa, o ensino e a extensão. Além disso, não deve ser considerada mera formadora de mão-de-obra. “A Universidade deve formar um cidadão ético, com capacidades de nível superior. O estudante universitário deve ser capaz de posicionar-se diante do mundo, da comunidade, da vida e de si mesmo”, ressaltou.
O professor também parabenizou a iniciativa paranaense de estimular a extensão. Entretanto, lembrou que o Universidade Sem Fronteiras é apenas um embrião e que as ações de extensão devem expandir-se ainda mais com conscientização da autonomia universitária. “A extensão tem tanta importância quanto o ensino e a pesquisa. Ela tem o poder de transferir o conhecimento para a sociedade. Por isso, é fundamental”, disse.
Durante o Encontro, também foi realizada a primeira exibição do documentário sobre o Universidade Sem Fronteiras, produzido pela Seti em parceria com a TV Educativa do Paraná. O documentário retrata 16 projeto inseridos nos sete subprogramas existentes - Ações de Apoio à Saúde, Apoio à Agricultura Familiar e à Pecuária Leiteira, Apoio à Produção Agroecológica, Apoio às Licenciaturas, Diálogos Culturais, Extensão Tecnológica Empresarial, Incubadora dos Direitos Sociais.
O Universidade Sem Fronteiras mantém 427 projetos em 339 municípios paranaenses, envolvendo mais de 3 mil bolsistas. Depois da apresentação de alguns projetos e da realização de mesas redondas, os bolsistas produziram documento que deve nortear o programa nos próximos anos. O próximo Encontro de Avaliação do Universidade Sem Fronteiras será realizado nos dias 23 e 24, na Universidade Estadual de Londrina (UEL).