Encontro na Expoingá discute desafios e oportunidades da pecuária leiteira do Paraná 17/05/2024 - 11:20
Manejo da fertilidade do solo, certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose, caracterização dos estabelecimentos leiteiros no Paraná e crédito rural foram temas do Encontro de Produtores de Leite realizado nesta quinta-feira (16), durante a Expoingá, em Maringá. O evento, que reuniu especialistas no assunto, produtores e lideranças do setor, foi promovido pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Sociedade Rural de Maringá, Sistema Estadual de Agricultura (Seagri) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Natalino Avance de Souza, afirmou que o produtor deve trabalhar para aumentar a renda da atividade leiteira. “Os custos de produção estão em alta e a renda tem diminuído, mas isso é temporário. Nós queremos ajudar o produtor a rever o sistema de produção”, disse.
“Acreditamos na transformação do leite e agregação de valor. O Paraná pode ser não só o segundo maior produtor de leite do País, mas também pode ter os melhores produtores de leite e queijo do Brasil. As instituições estão à disposição de pequeno produtor”, ressaltou Souza.
Simony Lugão, pesquisadora do IDR-Paraná, destacou que a produção de leite é a quarta atividade do agronegócio paranaense em valor bruto de produção, segundo os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab. “Além disso, é uma atividade que gera renda todo mês e movimenta o comércio local”, lembrou. Ela destacou, ainda, que a alimentação do rebanho responde por 40% a 60% dos custos de produção, daí a importância de o produtor investir nas pastagens.
Segundo Simony, mais de 80% das áreas de pastagem do Noroeste do Paraná estão degradadas. “O primeiro fator dessa degradação é a falta de um planejamento forrageiro ao longo do ano. É preciso tratar o pasto como uma lavoura”, explicou.
Ela mostrou aos participantes algumas alternativas de pastagens perenes que oferecem alimento em quantidade e qualidade para o gado, além de terem uma boa resposta à adubação. São pastos como o mombaça, o tifton 85, o capim pioneiro, o marandu e o piatã, entre outros. Simony lembrou, ainda, que um pasto bem manejado retém carbono, diminuindo as cargas de emissão de gases do efeito estufa, tema que vem ganhando as atenções ultimamente. “O animal tem que comer folhas verdes e não talos e folhas mortas”, explicou.
Para tanto, o produtor deve saber exatamente o que o solo da área com pastagem precisa, o que é possível com a análise de solo e o momento certo para colocar os animais na área de pastagem. “O leite é pasto, reprodução e sanidade, o que exige uma assistência técnica de equipes multidisciplinares”, concluiu Simony.
CERTIFICAÇÃO – Romerson Dognani, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) explicou como o controle da brucelose e tuberculose pode trazer benefícios para o produtor. Ele ressaltou que a brucelose causa abortos, infecções uterinas e infertilidade das fêmeas. Já a tuberculose diminui a produção e provoca o emagrecimento do rebanho.
Além de evitar esses prejuízos, o produtor que controla essas doenças e opta pela certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose pode aumentar seus ganhos. Segundo Dognani, alguns laticínios podem pagar um diferencial pelo leite de propriedades certificadas. “Os produtos derivados do leite dessas propriedades são mais valorizados no mercado, bem como os animais”, ressaltou.
Atualmente o Paraná conta com 109 propriedades certificadas pela Adapar como livres da brucelose e tuberculose. Para aderir à certificação o produtor deve cumprir as medidas de controle das duas doenças, manter a vacinação dos animais em dia, identificar o rebanho, custear o controle de erradicação das doenças, bem como ter a assistência técnica de um veterinário.
Os profissionais da Adapar fazem a vistoria da propriedade e o acompanhamento na realização dos exames. Além da condição sanitária dos animais, também são analisadas as condições gerais da propriedade e das fontes de água. A certificação tem validade de um ano.
CERTIFICAÇÃO – Romerson Dognani, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) explicou como o controle da brucelose e tuberculose pode trazer benefícios para o produtor. Ele ressaltou que a brucelose causa abortos, infecções uterinas e infertilidade das fêmeas. Já a tuberculose diminui a produção e provoca o emagrecimento do rebanho.
Além de evitar esses prejuízos, o produtor que controla essas doenças e opta pela certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose pode aumentar seus ganhos. Segundo Dognani, alguns laticínios podem pagar um diferencial pelo leite de propriedades certificadas. “Os produtos derivados do leite dessas propriedades são mais valorizados no mercado, bem como os animais”, ressaltou.
Atualmente o Paraná conta com 109 propriedades certificadas pela Adapar como livres da brucelose e tuberculose. Para aderir à certificação o produtor deve cumprir as medidas de controle das duas doenças, manter a vacinação dos animais em dia, identificar o rebanho, custear o controle de erradicação das doenças, bem como ter a assistência técnica de um veterinário.
Os profissionais da Adapar fazem a vistoria da propriedade e o acompanhamento na realização dos exames. Além da condição sanitária dos animais, também são analisadas as condições gerais da propriedade e das fontes de água. A certificação tem validade de um ano.