Em um ano de pandemia, UEL amplia pesquisas sobre o coronavírus 18/03/2021 - 14:06
Enquanto o País faz as contas sobre vítimas e os impactos econômicos e sociais provocados pelo novo coronavírus, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) contabiliza ações importantes no enfrentamento da pandemia e consolida seu protagonismo no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão no Paraná.
Neste 17 de março, a Universidade completa exatamente um ano de suspensão das atividades acadêmicas presenciais. Neste período, foram desenvolvidas mais de uma centena de ações acadêmicas, além da execução de pelo menos 30 projetos de pesquisa específicos sobre a doença.
Neste último ano, a comunidade universitária protagonizou pelo menos 80 ações acadêmicas que envolvem pesquisa, ensino e extensão, além das inúmeras atividades de extensão e prestação de serviços realizadas diariamente, e ainda abriu novas perspectivas de estudos contabilizando pelo menos 30 projetos de pesquisa e publicações relacionadas à pandemia.
Os dados constam do relatório “Ações Desenvolvidas pela UEL no que tange o enfrentamento da Covid-19”, documento com quase 170 páginas que reúne as atividades mantidas pela comunidade universitária desde 17 de março do ano passado. Entre os tópicos relacionados estão citações científicas, palestras, ciclos de debates e eventos acadêmicos promovidos nesse período. Também fazem parte do documento iniciativas e campanhas internas e externas feitas por professores, estudantes e agentes universitários, além de pesquisas e outros assuntos noticiados diariamente pela Agência UEL de Notícias.
EXTENSÃO – Além destes dados, somente em 2020 a UEL registrou oficialmente 158 cursos e 295 eventos reunindo um público de 54.860 estudantes, professores e comunidade externa, de acordo com informações da Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX). De acordo com o relatório da Proex, de janeiro de 2020 a março de 2021 foram promovidos ainda 55 treinamentos, atingindo 521 participantes diretamente e outras 1.261 pessoas de forma indireta. O público-alvo foram os trabalhadores do comércio de Londrina, prestadores de serviços e pessoas que atuam em escolas.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO – Na área da saúde, especificamente, de acordo com dados repassados pela Superintendência do Hospital Universitário (HU) da UEL, entre janeiro e março de 2020 foram registrados 12.379 atendimentos a pacientes suspeitos ou que tiveram diagnóstico comprovado da Covid-19. Só para dar uma dimensão do volume de trabalho, em fevereiro passado, mês considerado bastante crítico, foram 495 atendimentos de urgência e 497 internações de pacientes com Covid-19.
Referência regional no atendimento da doença, o HU/UEL mantém atualmente 66 leitos de Terapia Intensiva Adulto, 14 de Terapia Intensiva pediátrica e 96 de Retaguarda Clínica (enfermaria) – todos direcionados a pacientes da chamada Macrorregião de Londrina, exclusivos de Covid-19.
MOBILIZAÇÃO – O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, lembrou que há exatamente um ano foi estabelecido o trabalho remoto, a suspenção das aulas presenciais e demais ações recomendadas pelas autoridades sanitárias, por meio do Ato Executivo nº 22/2020. Segundo ele, naquele momento a comunidade universitária assumia o combate ao coronavírus utilizando expertise nas várias áreas do conhecimento.
“A começar pelo HU/UEL onde o confronto é de maneira direta, desde o acolhimento do paciente suspeito ao tratamento da pessoa com exame positivo”, definiu. A participação da UEL no combate à doença se deu ainda na manutenção de projetos de pesquisa, eventos de extensão e nas milhares de aulas que estão sendo dadas diariamente por meio remoto. “É uma comunidade de 20 mil pessoas que está mobilizada neste combate ao vírus”.
O reitor afirmou que a expectativa era de que neste início de ano seria possível o retorno à normalidade, que acabou frustrada pela expansão da pandemia, de modo ainda mais intenso. “Isto exige da universidade e de toda a comunidade um cuidado e uma mobilização ainda maior. Não podemos nos dar ao luxo de desmobilizar nossas forças e nos entregar ao vírus”.
Segundo o reitor, atualmente a sociedade se divide entre pessoas que apresentam comportamento aliado ou adversário do vírus. “Nós nos colocamos como adversários do coronavírus, tomando os cuidados necessários e levando a mensagem fraternal para que todos se juntem a nós para que possamos salvar vidas e, consequentemente, manter os empregos. Para que possamos sair unidos como nação e reconstruir o que foi perdido ao longo de todo esse combate”, afirmou.