As primeiras oficinas destinadas a educadores de acampamentos do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST) foram realizadas de segunda-feira (24) a quarta-feira (26), na Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste). O treinamento faz parte do projeto “Capacitação e formação continuada de educadores das escolas itinerantes do MST”, do programa Universidade Sem Fronteiras, desenvolvido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com apoio da Secretaria da Educação.
Para a professora e membro do setor de Educação do MST, Caroline Bahniuk, que participou das oficinas com mais 34 educadores, o projeto propicia o compartilhamento de experiências e o papel da universidade é fundamental. “Às vezes, o conhecimento científico não é de difícil acesso. Se a instituição se dispõe a transmiti-lo, fica mais fácil qualificar as equipes das escolas”, avaliou. Os professores Paulo Porto, Francis Guimarães, Aparecida do Carmo Lima e Fátima Knopf, da Unioeste, realizaram algumas das oficinas.
Cerca de 20 coordenadores pedagógicos e 150 professores de 11 escolas itinerantes são atendidos pelo projeto. Os colégios rotativos são: Sementes do Amanhã, no acampamento Chico Mendes, em Matelândia; Novo Caminho do Campo, no acampamento Quatro de Setembro, em Céu Azul; Terra Livre, em Santa Tereza do Oeste; Zumbi dos Palmares (1.º de Agosto) e Oziel Alves (Casa Nova), em Cascavel; Paulo Freire (Reduto de Caraguata), em Paula Freitas; Caminhos do Saber (Maila Sabrina), em Ortigueira; Escola Itinerante (Mestiça), em Rio Branco do Ivaí; Carlos Marguella (Elias Gonçalves de Meura), em Planaltina do Paraná; Che Guevara, em Guairaça; e Anton Makarenko (Companheira Roseli Nunes), em Amaporã. Nessas escolas, são atendidos cerca de 1.500 alunos.