Curso de Moda da UEM é premiado em evento internacional 17/09/2019 - 16:03
O curso de Moda da Universidade Estadual de Maringá, no Câmpus Regional de Cianorte, foi premiado no 15º Colóquio de Moda, um evento em nível internacional ocorrido do dia 1º a 4 de setembro, na cidade de Porto Alegre.
A premiação foi para um artigo escrito pelas estudantes Ana Beatriz Pires da Silva e Carolina Schuch Klein. Sob a orientação dos professores Fabrício de Souza Fortunato, Luciane do Prado Carneiro e Ronaldo Salvador Vasques (foto acima), o estudo esteve voltado ao desenvolvimento de acessórios para o vestuário a partir do couro de Kombucha.
O artigo foi considerado o melhor trabalho de iniciação científica apresentado num dos grupos de trabalho do Colóquio, o GT6 - Design e Processos de produção em Moda. E leva o título de "Estudo e desenvolvimento de acessórios voltados para o vestuário utilizando como matéria-prima o couro de Kombucha".
Além deste, o curso de Moda da UEM também levou ao evento o artigo científico "Alinhavando a História: a indumentária na Corte de D. João VI no Brasil." Ele foi apresentado no GT 4 - Moda, Cultura e Historicidade, pela autora Fernanda Correa Bernardo, orientada por Ronaldo Vasques.
Fernanda é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Os dois trabalhos estão ligados ao grupo de pesquisa Gemotex, coordenado pelo professor Ronaldo. Este grupo é vinculado ao Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nas áreas de história, moda e têxteis.
Kombucha, o couro vegano
Sintético, o couro de Kombucha foi criado por pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos. A equipe de cientistas liderada pela professora Young-A Lee conseguiu fabricar um colete e um par de sapatos a partir de uma película gelatinosa formada por bactérias e leveduras baseadas na fermentação do chá de kombucha.
O material desenvolvido em laboratório é semelhante ao couro de origem animal e pode ser usado na fabricação de roupas, bolsas e sapatos veganos, sustentáveis e biodegradáveis.
Por enquanto, o “couro” de kombucha foi desenvolvido apenas em laboratório, mas a previsão é de que em breve a fabricação de roupas a partir desse material já seja uma realidade.
Por isso, a descoberta passou a agradar os adeptos do veganismo, uma vez que eles, além de não consumirem alimentos de origem animal, também não usam nada proveniente de animal, como roupas e acessórios de couro, pele, lã, seda e cosméticos testados em bichos. Mas, a pessoa vegana pode usar produtos sintéticos.
O evento em Porto Alegre buscou promover a troca de conhecimento a respeito do estado da arte, da ciência e da tecnologia desenvolvidas por meio da produção científica nacional e internacional no campo da moda e em suas inter-relações.
A programação contou com minicursos e oficinas, conferências nacionais e internacionais, mesas temáticas, palestras e apresentação de trabalhos nas sessões de GT e no Congresso de Iniciação Científica.
O Colóquio também congregou o 14º Fórum das Escolas de Moda Dorotéia Baduy Pires e teve, ainda, como evento paralelo, o 6º Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda.
Além das duas apresentações de artigos, o coordenador do Gemotex levou ao evento, para uma sessão de autógrafos, o livro " A Indústria Têxtil e a Moda Brasileira nos Anos de 1960" (foto acima).
“Estamos muito felizes com o título alcançado. É o reconhecimento por um trabalho inovador, realizado com muita dedicação pelo Gemotex", disse Vasques.