Convênios da Seti/Fundo Paraná garantem R$ 3,5 milhões para a UEPG 04/07/2007 - 15:40

03/07/2007
O vice-governador do Paraná, Orlando Pessutti, e a secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto, participam nesta quarta-feira, dia 4, da solenidade de assinatura de convênios entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti)/UGF Unidade Gestora Fundo Paraná e a FAUEPG. A cerimônia acontece no Auditório do Observatório Astronômico da UEPG, no Campus de Uvaranas, às 10 horas, quando serão assinados termos de cooperação técnico-financeira que deverão beneficiar diferentes setores de atividades da instituição.
Além de participar da assinatura de convênios, Lygia Pupatto, acompanhada de José Tarcisio Pires Trindade, presidente da Fundação Araucária, e Nivaldo Rizzi, coordenador da Unidade Gestora do Fundo (UGF/Seti) se reúnem, à tarde, com os coordenadores de projetos da UEPG, que recebem apoio do Fundo. Durante o encontro com a secretária, será feita uma avaliação do andamento e de resultados obtidos dos 18 projetos que se voltam para diferentes setores de atividades da universidade.
Na oportunidade, serão assinados convênios que somam R$ 3.463.533,93, divididos nos grupos infra-estrutura (R$ 2.457.672,93) e edital de saúde (R$ 300 mil); implantação de Laboratório de Produção de Fitoterápicos (R$ 100.861,00); Laboratório de Genética Molecular e Biologia Evolutiva (R$ 550.000,00) e projeto Cidadão Profissional - Núcleo de Estudos dos Direitos da Infância e da Juventude (R$ 55.000,00). O valor do convênio do grupo infra-estrutura refere-se à liberação da segunda parcela do investimento programado de R$ 10, 3 milhões para a UEPG, dentro do plano de investimentos de R$ 75 milhões do Governo do Estado, para aplicação no programa de recuperação e ampliação de infra-estrutura das universidades paranaenses.
Os recursos foram aprovados pelo Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia, presidido pelo governador Roberto Requião. A primeira das quatro parcelas destinadas à UEPG foi de R$ 1.962.393,63 milhões, liberados pelo Fundo Paraná em 2006. Para o reitor João Carlos Gomes, os valores dos convênios significam um importante suporte para a melhoria da infra-estrutura e para o crescimento da instituição.
Projetos dos Convênios
Para a execução do projeto de implementação da infra-estrutura de pesquisa e ensino da UEPG, o convênio assinado com a Seti/Fundo Paraná vai permitir construção de obras de edificação em diferentes blocos do Campus Central e do Campus de Uvaranas. Dentre as obras, estão a execução de laboratórios para as atividades acadêmicas, pintura externa dos blocos do Campus Central, contratação de projetos para a construção da biblioteca central e para a reforma do Museu Campos Gerais.
As ações para a melhoria e adequação das Clínicas Odontológicas da UEPG visam à consolidação do ensino e da pesquisa científica e tecnológica na promoção da saúde e na atenção odontológica. Além disso, volta-se à elevação da qualidade dos serviços e do atendimento à população.
Dos termos de cooperação assinados, registram-se as ações para estudos, conhecimento e diagnóstico do câncer de colo de útero, provocado pelos Papilomavírus Humanos. Este estudo vai possibilitar que a aproximação dos acadêmicos de Farmácia com o conhecimento e o diagnóstico da doença. Também vai disponibilizar à população paranaense uma metodologia moderna e eficiente para o rastreamento do câncer de colo de útero. Outro benefício dos convênios refere-se às ações para a continuidade do projeto “Plantas Medicinais”, com a aplicação de padrões tecnológicos atualizados para a implantação do Laboratório de Produção de Fitoterápicos. O laboratório vai contribuir para o aprimoramento da capacitação da comunidade acadêmica e para a incorporação de novas tecnologias, bem como no apoio à agricultura familiar.
A implementação do Laboratório de Genética Molecular e Biologia Evolutiva da UEPG permitirá o desenvolvimento do projeto “Quantificação do Impacto da Entero-Omentectomia Adaptativa como Estratégia Cirúrgica Auxiliar no Tratamento da Diabete Tipo 2”. Trata-se de um estudo inédito na literatura mundial que traz para o Paraná a utilização de tecnologias de ponta, permitindo a implantação de um estudo populacional de paciente submetidos à uma nova técnica cirúrgica. Além dos benefícios diretos à população paranaense, poderá servir de modelo para estudo de outros grupos populacionais. Com o apoio do Governo do Paraná, o estudo poderá se tornar, num futuro próximo, a base para um programa de orientação populacional, treinamento profissional e desenvolvimento tecnológico, que colocarão o Estado na vanguarda dos estudos do diabetes, segundo o professor Roberto Ferreira Artoni, coordenador técnico e científico do projeto.