Competência e empreendedorismo na Feira de Inovação Tecnológica de Curitiba 22/06/2007 - 18:03

Características como a competência e o empreendedorismo das empresas incubadas são as qualidades que chamaram a atenção dos participantes e visitantes da Feira de Inovação Tecnológica de Curitiba (Fitec), que mobilizou o setor durante os últimos dois dias (21 e 22 de junho), no auditório do Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná (Sebrae), em Curitiba. A Fitec foi promovida pela Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em parceria com 25 empresas da capital e apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.
“As pessoas estão surpresas com a competência das empresas incubadas de Curitiba, que apresentam produtos bastante resolvidos, já disponíveis no mercado, e algumas delas premiadas internacionalmente. Todos estão admirando a inovação presente no grupo de incubadoras da capital paranaense”, disse Rosi Moura, organizadora do evento e gerente da Incubadora Tecnológica de Curitiba.
Além da programação de palestras, o evento reuniu produtos com tecnologia e inovação, de empresas que ocuparam estandes situados no mezanino do edifício do Sebrae. Dentre elas, a Holaria, de design de cerâmica contemporânea, incubada da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, apresentou produtos que têm conquistado uma fatia no mercado. Recentemente, a Holaria foi premiada num concurso de design em Nova Iorque (EUA). Outros estandes apresentaram produtos do setor de iluminação, softwares, produtos para construção civil, para o setor florestal.
“A feira superou nossas expectativas. Os parceiros estavam todos presentes e, com a negociação, despertaram para o problema dos resíduos sólidos no setor têxtil”, explicou Solange Stein, secretária executiva do Sindicato da Indústria do Vestuário do Sudoeste do Paraná e membro do grupo gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) de Confecções do Sudoeste. Segundo ela, 40% das embalagens PET estão sendo direcionadas para a área têxtil, para a produção de fibra têxtil.
No entanto, de acordo com Solange Stein é necessário pesquisa de laboratório e bibliografia sobre o assunto: “É grande a absorção de resíduos pelo setor e as referências bibliográficas têm sido de Portugal. A proposta é o desenvolvimento de pesquisa e a transferência de tecnologia”, disse. Acrescentou que instituições como a UTFPR, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) manifestaram interesse, e que a Universidade Estadual de Maringá (UEM) já tem pesquisa a respeito: “A gente sabe o que não dá certo através da pesquisa da UEM”, concluiu.