O Bloco J-90 do câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde ficam alguns setores do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), vai passar por reforma. Hoje (10) houve assinatura da ordem de serviço. Estão previstas adequações e remodelações na parte elétrica, calçada, cobertura (teto), sistema de drenagem, laboratórios e banheiros, além de atendimento às questões de acessibilidade. A reforma deverá ser entregue em oito meses.

Os laboratórios que mais serão beneficiados são o de Citologia Clínica e o de Bioquímica Clínica. No primeiro são feitas pesquisas sobre o HPV, preventivo do câncer de colo de útero, espermograma e exames de urina. Na Bioquímica Clínica, exames que avaliam a saúde do trabalhador, como os de níveis de colesterol, glicemia e hormônios, dentre outros. Por isso, a Prefeitura do Câmpus Universitário (PCU) entende que a reforma é necessária não somente por questões estruturais, mas para possibilitar melhor desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão do Lepac, que recepciona o público no bloco ao lado, o K-10.

A reforma impacta uma área de 1.005,30 m², com valor contratual de R$ 657.735,59, proveniente de Termo de Ajustamento de Conduta entre a universidade e o Ministério Público. A empresa que venceu a licitação, em dezembro de 2019, foi a Mondeo Construtora, que já fez obras na universidade e da qual o sócio Valdelino Ferreira Júnior esteve presente na UEM hoje para assinar a ordem de serviço.

“Espero, daqui a oito meses ou até antes, que haja a entrega do bloco, com o prédio nas condições adequadas”, declara Carlos Augusto Tamanini, prefeito do câmpus de Maringá (PR) da UEM. De acordo com ele, o Lepac é uma das prioridades da PCU por ser um lugar de bastante importância para toda a população. O reitor Julio César Damasceno concorda ao afirmar que “aqui são prestados serviços que não existem no setor privado”. “O grupo de pessoas que trabalha aqui se dedica integralmente para resolver os problemas de saúde”, ressalta o reitor.

O Bloco J-90 está há pelo menos sete anos sem reforma, conforme relembra Eliana Valéria Patussi, coordenadora do Lepac. A retomada vem após a UEM conseguir fazer articulação com Renê Garcia Júnior, secretário de Estado da Fazenda do Paraná. Para chegar a esse contato, a Reitoria recebeu ajuda de Evandro Araújo, deputado estadual pelo Paraná, e Aldo Bona, superintendente estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Na cerimônia de assinatura, em frente ao J-90, também estiveram presentes: Dennis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina da UEM; Eneide Sabaini Venazzi, supervisora técnica do Lepac; Antonio Marcos Flauzino dos Santos, pró-reitor de Administração da UEM; Cleival Rasimaviko Rejani, diretor de Serviços e Manutenção da UEM; Tânia Verri, diretora de Obras e Projetos da UEM; Elisabete Kobayashi, superintendente do Hospital Universitário Regional de Maringá; e outros convidados.

O Lepac

Fundado em 1982, o Lepac é um centro de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, além de único laboratório da região de Maringá a fazer exames de alta complexidade por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

É considerado referência regional para doenças epidemiológicas, por exemplo meningites, leishmaniose e doenças íctero-hemorrágicas. Faz parte do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST), do HIV/Aids e das Hepatites Virais, e do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, ambos do Ministério da Saúde.

O Lepac é o único laboratório especializado no diagnóstico de fungos patogênicos na macrorregião noroeste do Paraná e, desde 2014, único público paranaense que realiza análise de citologia oncótica de colo de útero.