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A Unespar, Universidade Estadual do Paraná, divulgou nesta quinta-feira a convocação, em primeira chamada, com seis candidatos aprovados, no XX Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. O calendário acadêmico do ano letivo de 2021 tem início em três de novembro, com previsão de encerramento em 13 de agosto do próximo ano. Esses classificados têm até a quarta-feira da semana que vem para efetivar o pedido de matrícula. Toda a documentação é recebida em formato eletrônico, nos câmpus escolhidos pelos candidatos. A pró-reitora de Ensino e Graduação da Unespar, professora Marlete dos Anjos Silva Schaffrath, reconhece os aspectos de cidadania e de inclusão social e cultural pressupostos por essa ação. // SONORA MARLETE DOS ANJOS SILVA SCHAFFRATH // Atualmente, a Unespar tem 13 estudantes indígenas matriculados em cursos de graduação. Assim como nas demais universidades envolvidas nesse programa, os alunos recebem o apoio da Comissão Universidade para os Índios. Nessa edição, mais de 550 candidatos se inscreveram no Vestibular dos Povos Indígenas, em todo o Estado. Desse total, 321 fizeram a prova e 74 foram classificados. Entre os convocados pela Unespar, cinco são da etnia caingangue, da Reserva Indígena de Apucaraninha, na cidade de Tamarana, região metropolitana de Londrina. A outra estudante aprovada é da etnia Guarani, da localidade de Laranjinha, terra indígena localizada em Santa Amélia, no norte do Estado. Classificada em primeiro lugar no curso de Enfermagem em Paranavaí, Taina Vãre Luis, da etnia caingangue, pretende aplicar o conhecimento em benefício da comunidade indígena. // SONORA TAINA VÃRE LUIS // Aprovada na quinta colocação, no curso de Licenciatura em História em Paranaguá, Inauê Lourenço Jacintho, natural da etnia Guarani, enfatiza que, como indígena, fazer parte da vida acadêmica vai ser muito importante. // SONORA INAUÊ LOURENÇO JACINTHO // Atualmente, Inauê mora na terra indígena Tupã Nhee Kretã, em Morretes, no litoral. Os candidatos convocados na primeira chamada que, por algum motivo, não efetivarem os pedidos de matrícula são considerados desistentes das vagas, sendo substituídos pelos nomes da lista de espera, conforme a ordem de classificação. O Vestibular dos Povos Indígenas foi criado ainda em 2002. O programa reúne, hoje, cerca de 200 estudantes, somente nas Universidades Estaduais. (Reportagem: Cristiano Sousa. Narração: Gustavo Vaz)