UEM conquista recorde de 15 patentes concedidas em 2020

17/02/2021
O ano 2020 foi bastante produtivo para a UEM, Universidade Estadual de Maringá, no quesito inovação tecnológica, que fechou o ano com 15 patentes concedidas pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial, um recorde para a instituição de ensino superior. Ao todo, entre janeiro e dezembro do ano passado, a UEM registrou 17 solicitações ao órgão federal, que é vinculado ao Ministério da Economia. A Superintendência estadual Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tem direcionado recursos e articulado iniciativas para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de empresas inovadoras, assim como a transferência de conhecimento da comunidade acadêmica para o setor produtivo empresarial. Lançado em dezembro do ano passado, o Prime, Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado é um dos exemplos dessas ações. O coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Paulo Renato Parreira, falou sobre o objetivo do Prime//SONORA PAULO RENATO PARREIRA//. A patente “Composições Farmacêuticas com Derivados de Quinoxalina para Tratamento da Doença de Chagas e Leishmaniose” é de titularidade conjunta entre a UEM, a Universidade Federal de São Carlos e a empresa Glaxosmithkline Brasil Ltda. Tem como um dos inventores Celso Vataru Nakamura, professor aposentado do Departamento de Ciências Básicas da Saúde da UEM, que atua como voluntário no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. A invenção é um antiparasitário avaliado in vitro em Trypanosoma cruzi, protozoário causador de Chagas e Leishmania amazonensis, parasita responsável pela leishmaniose; além de ter sido verificado se a substância seria ou não nociva a células de mamíferos. Os medicamentos disponíveis para Chagas e Leishmaniose são extremamente tóxicos, então há necessidade de busca de novos compostos que possam ser utilizados nos tratamentos, afirma o professor Celso. A patente “Processo de Separação e Reciclagem Química de Embalagens Multicamadas” desenvolve uma tecnologia inovadora de reciclagem química do politereftalato de etileno, o popular PET. Essas embalagens são compostas por dois tipos de plástico e alumínio, e há certa dificuldade em fazer a reciclagem na forma convencional, o que gera prejuízos ao meio ambiente. A professora Silvia Luciana Fávaro, chefe-adjunta do Departamento de Engenharia Mecânica da UEM e docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, explicou que o processo utiliza hidrólise básica, ou seja, quebra de moléculas a partir da presença de água e hidróxido de sódio. Criado em 2008, o Núcleo de Inovação Tecnológica da UEM tem como finalidade gerir a política institucional de inovação e propriedade intelectual. Vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, o NIT fomenta a inserção da universidade no processo de inovação nacional, colaborando para o desenvolvimento sustentável, a geração de riqueza e a melhoria da qualidade de vida da população. A unidade também promove a proteção do conhecimento gerado na UEM e viabiliza a interação da instituição de ensino superior com o setor produtivo, para propiciar a transferência de tecnologias, contribuindo com o desenvolvimento tecnológico e social do País. (Repórter Rudi Bagatini).