UEL desenvolve dermocosmético para combater bactérias multirresistentes
19/06/2024
Um grupo de professores da Universidade Estadual de Londrina desenvolveu um gel-creme para a pele humana que auxilia no combate a fungos, vírus e bactérias multirresistentes. O produto inovador contém nanopartículas de prata biogênicas e um composto químico com propriedade antimicrobiana e antifungicida chamado violaceína. Resultado de uma pesquisa científica desenvolvida no Departamento de Microbiologia do Centro de Ciências Biológicas da UEL, o dermocosmético foi patenteado e, atualmente, está em fase de prospecção de parcerias para disponibilização no mercado. O produto dermatológico resulta da combinação de dois ativos, as nanopartículas de prata, derivadas do sal de prata, e a violaceína, um pigmento bacteriano roxo, geralmente encontrado no Rio Negro, que nasce na Colômbia e percorre, principalmente, a região Norte do Brasil. A união dos dois componentes acontece pela abordagem de síntese verde, uma metodologia que busca desenvolver processos e produtos químicos de maneira sustentável e que minimiza ou elimina os impactos ambientais ao longo do ciclo de vida do produto. Segundo o coordenador do projeto, Gerson Nakazato, professor de Microbiologia da UEL, a eficácia do potencial antimicrobiano das nanopartículas de prata biogênicas e da violaceína aumenta de forma significativa ao atuarem de forma combinada. // SONORA GERSON NAKAZATO //
Esse projeto representa uma inovação científica com potencial para substituir conservantes como o Triclosan e o Parabeno, considerados nocivos, mas ainda presentes em cosméticos da indústria brasileira. Esses dois compostos foram proibidos em alguns países devido aos efeitos tóxicos, inclusive associados ao câncer. Atualmente, a equipe de pesquisadores está concentrada no desenvolvimento da formulação para iniciar os testes pré-clínicos, com o objetivo de aplicação em dermocosméticos, especificamente em um cosmético para o tratamento de acne, uma condição causada por bactérias na pele. As evidências científicas indicam que essa formulação em gel-creme pode proporcionar um desempenho superior nos diferentes produtos. O coordenador do projeto também conta que a iniciativa ganhou o Prêmio Inventores 2023, dedicado ao reconhecimento de professores e estudantes que atuam com pesquisa científica e inventores de organizações envolvidas com propriedade intelectual e transferência de tecnologia. // SONORA GERSON NAKAZATO //
O projeto de pesquisa da UEL foi financiado pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária, principal instituição de fomento científico no Estado, ligada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A expectativa é que o novo produto dermatológico esteja em plena comercialização em até três anos. (Reportagem: Cristiano Sousa | Narração: Nathália Gonçalves)
Esse projeto representa uma inovação científica com potencial para substituir conservantes como o Triclosan e o Parabeno, considerados nocivos, mas ainda presentes em cosméticos da indústria brasileira. Esses dois compostos foram proibidos em alguns países devido aos efeitos tóxicos, inclusive associados ao câncer. Atualmente, a equipe de pesquisadores está concentrada no desenvolvimento da formulação para iniciar os testes pré-clínicos, com o objetivo de aplicação em dermocosméticos, especificamente em um cosmético para o tratamento de acne, uma condição causada por bactérias na pele. As evidências científicas indicam que essa formulação em gel-creme pode proporcionar um desempenho superior nos diferentes produtos. O coordenador do projeto também conta que a iniciativa ganhou o Prêmio Inventores 2023, dedicado ao reconhecimento de professores e estudantes que atuam com pesquisa científica e inventores de organizações envolvidas com propriedade intelectual e transferência de tecnologia. // SONORA GERSON NAKAZATO //
O projeto de pesquisa da UEL foi financiado pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária, principal instituição de fomento científico no Estado, ligada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A expectativa é que o novo produto dermatológico esteja em plena comercialização em até três anos. (Reportagem: Cristiano Sousa | Narração: Nathália Gonçalves)