Projeto de cadeira de rodas elétrica da UEL ganha menção honrosa em premiação

13/10/2022
O projeto de uma cadeira de rodas elétrica idealizada na UEL, Universidade Estadual de Londrina, recebeu menção honrosa no Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia 2021/2022, promovido pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Nesta edição, a premiação contemplou pesquisas relacionadas à Tecnologia Assistiva, área que abrange assistência, reabilitação e melhoria da qualidade de vida para pessoas com deficiência. O projeto da UEL se destacou na categoria Jovem Pesquisador, entre os países do bloco econômico sul-americano, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A inovação é resultado de uma pesquisa desenvolvida por Willian Ricardo Bispo e Antônio Pires Leôncio Junior, no Curso de Mestrado do Programa de Engenharia Elétrica da UEL. O protótipo foi custeado com recursos próprios e doações de amigos. Desenvolvido no Laboratório de Controle Avançado, Robótica e Engenharia Biomédica, no Departamento de Engenharia Elétrica da UEL, o estudo representa importante avanço na tecnologia de motorização, uma vez que proporciona mais autonomia e eficiência energética para manter a velocidade da cadeira, independente do peso do condutor e de obstáculos como calçadas e terrenos irregulares. No início deste ano, o projeto obteve concessão da patente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, com possibilidade de produção em larga escala. Em relação aos produtos disponíveis no mercado, Willian destaca o avanço tecnológico na área de eletrônica, implementado nesse modelo de cadeira de rodas motorizada. //SONORA WILLIAN RICARDO BISPO//

O modelo proposto utiliza motor elétrico trifásico movido por indução e corrente alternada, diferente de produtos existentes atualmente no mercado, que são acionados por corrente contínua. O conjunto também conta com uma unidade central de processamento que abriga o software e toda a solução eletrônica. Para o professor Ruberlei Gaino, do Centro de Tecnologia e Urbanismo da UEL, é fundamental ampliar e fortalecer a produção científica e tecnológica. //SONORA RUBERLEI GAINO//

Dados do IBGE apontam que 8,4% da população brasileira acima de dois anos têm algum tipo de deficiência; e 1,7% da população com dois anos ou mais de idade utiliza cadeira de rodas, bengala, muletas, andador ou alguma prótese ou órtese. Nesse contingente que necessita de assistência, uma a cada quatro pessoas na faixa etária acima de 60 anos apresenta algum tipo de deficiência. (Reportagem: Cristiano Sousa)