Pesquisas nas universidades estaduais avaliam mudanças climáticas no Paraná

06/06/2024
As universidades estaduais de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, do Oeste do Paraná, do Centro-Oeste e do Paraná desenvolvem estudos científicos no âmbito do Napi, Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação, em Emergência Climática. O objetivo é avaliar o impacto de mudanças climáticas no território paranaense, a fim de contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa provenientes de atividades industriais e agropecuárias. A expectativa é que essas pesquisas viabilizem dados relativos a possíveis emergências climáticas, com possibilidade de sinalizar eventuais intervenções, considerando uma tendência de intensificação de fenômenos naturais extremos. O intuito é quantificar os impactos e a redução de riscos para as atividades econômicas e sociais da população mais vulnerável. Um estudo sobre emergência climática está sendo desenvolvido na UEPG, coordenado pelo professor de climatologia Gilson Campos Ferreira da Cruz. O docente analisa aspectos de mudanças climáticas e formação de ilhas de calor usando termografia de superfície e do ar, técnica que mapeia o calor de um objeto exibindo a distribuição de temperatura. Focada no clima urbano, a pesquisa relaciona diferentes usos do solo com o aquecimento da superfície e do ar, e envolve inundações em áreas urbanas de Ponta Grossa, Campo Mourão, Maringá e Paranavaí. Doutor pela USP, o professor Cruz já comprovou um aumento significativo da temperatura em conglomerados urbanos, explicando que a alta densidade populacional, imóveis, vias asfaltadas e veículos resultam em temperaturas mais altas e umidade do ar mais baixa. Ele ressalta a importância da ciência para evitar tragédias, como as enchentes no Rio Grande do Sul, causadas por chuvas intensas. A pesquisa da UEPG utiliza imagens de satélites captadas desde 1984 para estudar mudanças na superfície da Terra causadas por eventos naturais ou intervenção humana. Essas imagens, capturadas a cada 16 dias, ajudam a monitorar a temperatura da superfície e o uso do solo.O professor Gilson Cruz analisou a temperatura de superfície em Ponta Grossa, observando um aumento local de temperatura devido à urbanização e substituição de áreas verdes por construções. Entre a zona rural e a periferia urbana, foi identificado um aumento de três graus Celsius na temperatura do ar. Gilson Cruz destaca a importância da pesquisa científica para a sociedade. // SONORA GILSON CRUZ //

A matéria completa, parte de uma série de reportagens com o objetivo promover os resultados de estudos acadêmicos desenvolvidos por pesquisadores, professores e estudantes das universidades estaduais do Paraná, pode ser acessada no site da Agência Estadual de Notícias, o www.aen.pr.gov.br. Os textos serão publicados semanalmente com o selo Paraná Mais Ciência. (Reportagem: Cristiano Sousa | Narração: Gabriel Ramos)