Hospitais Universitários promovem reabilitação em pacientes com sequelas da Covid-19
09/07/2021
Os Hospitais Universitários do Paraná desenvolvem, desde o começo da pandemia, projetos de auxílio e reabilitação para pacientes acometidos pelo novo coronavírus e que ficaram com alguma sequela. Localizados em Cascavel, no oeste do Estado, em Londrina, na região norte, em Maringá, no noroeste, e em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, os quatro complexos hospitalares atendem boa parte da população paranaense. O coordenador de Ciência e Tecnologia da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Marcos Pelegrina, afirmou que a rede de Hospitais Universitários cumpre um importante papel nesse período de pandemia, não apenas no tratamento da Covid-19, mas também na recuperação das sequelas deixadas pela doença. Vinculados às universidades estaduais, os hospitais também possuem natureza educacional, contribuindo com a formação de profissionais e no desenvolvimento de pesquisas científicas. A UEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa e o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais iniciaram, no mês de abril, as atividades do Ambulatório Multiprofissional de Reabilitação de Ponta Grossa. Pioneiro no Brasil, o projeto une práticas de reabilitação a um laboratório multiprofissional, valorizando a pesquisa, extensão e ensino. O atendimento auxilia, inicialmente, na recuperação e acompanhamento de pacientes com exercícios de fortalecimento neuromuscular, alongamentos e trabalhos de equilíbrio, para depois avançar nas atividades que exigem mais da independência funcional, como caminhar em uma esteira ergométrica. Em Guarapuava, 330 pacientes que tiveram a doença são acompanhados por um projeto desenvolvido em parceria entre a Prefeitura Municipal e a Clínica Escola de Fisioterapia da Unicentro, a Universidade Estadual do Centro-Oeste. Os equipamentos de espirometria e bioimpedância, além dos exercitadores respiratórios usados no projeto, foram adquiridos com apoio financeiro da Secretaria. As sessões de fisioterapia ocorrem duas vezes por semana e o protocolo completo de reabilitação dura oito semanas. Os profissionais avaliam as funções motoras, força respiratória, capacidade física, falta de ar e a fadiga, além de atividades do dia-a-dia. Ao todo já foram realizados cerca de 5 mil atendimentos. Depois de dois meses internado na Ala Covid-19 do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, Gesse Viana da Costa retornou ao ambulatório para realizar os acompanhamentos de rotina. O primeiro teste realizado foi o sensorial, que tem como finalidade avaliar o olfato e o paladar dos pacientes acometidos pela doença. Segundo a nutricionista Claudia Felicetti, essa é uma das principais queixas no período de recuperação. A Unicentro, por meio da Clínica Escola de Psicologia, também criou um canal de acolhimento psicológico gratuito às pessoas que perderam familiares em decorrência da Covid-19. Os agendamentos podem ser combinados por e-mail ou telefone. Os contatos são o endereço eletrônico projetoatarnos@gmail.com e o número do telefone da Clínica Escola de Psicologia, que é o (42) 3421-3224. (Reportagem: Gustavo Dornelles. Narração: Flávio Rehme)